Apesar disso, presidente voltou a dizer que Brasil est� preparado. Lula participou de evento em S�o Paulo nesta sexta.
Foto: Ricardo Stuckert/Presid�ncia da Rep�blica Diante de empres�rios americanos e brasileiros, o presidente Lula admitiu nesta sexta-feira (10) que a crise nos Estados Unidos "espraiou-se para todos os continentes" mas reafirmou que o pa�s est� preparado para enfrent�-la.
Ele criticou aqueles que, em outra �poca, deram palpite nos rumos da economia brasileira e disse que a era do dom�nio da economia virtual acabou.
Mais cedo, em entrevista aos principais portais de not�cias do pa�s, em Bras�lia, o presidente Lula havia dito que o governo pode cortar investimentos caso a crise venha a se agravar.
"Esse f�rum se encerra em um momento de profunda incerteza e turbul�ncia na economia mundial. A crise financeira adquiriu dimens�es globais e espraiou-se para todos os continentes", falou Lula no encerramento do III F�rum de Altos Executivos de Empresas Brasil-EUA, em um hotel no Morumbi, em S�o Paulo.
Em um discurso em que afirmou que a crise "� uma grande oportunidade para o Brasil atrair investimentos de longo prazo e n�o alavancados, que podem se transformar em papel podre", o presidente disse estar otimista e afirmou n�o ver cat�strofe no pa�s.
"N�o sou homem chegado a vender cat�strofe e n�o estou vendo cat�strofe", disse. "O Brasil vem h� tempos se preparando para ser uma economia s�lida e n�o ser pego de sobressalto a qualquer espirro ou tosse de outro pa�s", afirmou.
Ao criticar os antigos "palpiteiros" da economia brasileira, Lula citou o exemplo de um grupo de jovens banqueiros que encontrou em Nova York em certa ocasi�o, que, segundo ele, "n�o tinham mais do que 30 anos e ficaram dando palpite na economia do Brasil".
"Tratar um pa�s sem ter em conta a quest�o cultural, pol�tica e social e ter apenas uma vis�o de Wall Street n�o d� certo. A era do dom�nio da economia virtual acabou", disse.
Boletim "vermelho"
Em um pronunciamento de 20 minutos, tamb�m presenciado pelos ministros do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior Miguel Jorge, e a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o presidente disse que a crise americana poderia ter sido evitada se detectada antes.
O presidente brincou comparando o problema com adolescentes que t�m notas vermelhas no boletim e demoram a mostr�-la aos pais. "Se as pessoas tivessem dito a verdade h� um ano, oito meses ou cinco meses atr�s, se poderia ter intervido antes e resolvido o problema".
O presidente garantiu, apesar da amea�a de recess�o nos Estados Unidos, que todas as obras do PAC ser�o mantidas, inclusive o calend�rio do pr�-sal. Segundo ele, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) poder� fazer os investimentos que n�o ser�o captados no exterior.
Lula deu um recado aos brasileiros pedindo que continuem comprando � "mas s� aquilo que seu sal�rio pode pagar".
Ele finalizou o discurso, novamente mostrando otimismo, dizendo que um acordo na Rodada de Doha est� muito pr�ximo de ser fechado. Lula afirmou ter dito ao presidente George W. Bush que, nesse momento de crise, "a melhor resposta" � fechar um acordo sobre Doha.
Segundo Lula, � com este argumento que ele vai tentar convencer o primeiro ministro indiano, Manmohan Singh, atingir consenso sobre as negocia��es de com�rcio exterior. De acordo com Lula, os EUA j� flexibilizaram posi��es nas quest�es de interesse dos pequenos agricultores indianos.
Crise financeira atinge todos os continentes, diz Lula
Apesar disso, presidente voltou a dizer que Brasil est� preparado.
Lula participou de evento em S�o Paulo nesta sexta.
Fonte: Carolina Iskandarian
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