Categoria Economia  Noticia Atualizada em 29-10-2008

Caixa vai emprestar r$ 3 bi para construção
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia hoje a criação de uma linha especial de crédito de R$ 3 bilhões para capital de giro para o setor da construção civil.
Caixa vai emprestar r$ 3 bi para construção
Foto: iprr.files.wordpress.com

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia hoje a criação de uma linha especial de crédito de R$ 3 bilhões para capital de giro para o setor da construção civil. Segundo ele, serão recursos da Caixa Econômica Federal, que não virão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O custo do empréstimo ainda não foi definido, disse Mantega, "mas, seguramente, será a taxas abaixo do mercado".

"O setor tem que ter garantias de que de vai dar continuidade a seus projetos", disse o ministro, que acrescentou que não serão desativados os projetos de investimento do governo, uma referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo uma fonte da equipe econômica ouvida pelo jornal, as grandes construtoras podem ter problemas de caixa com a escassez de crédito e correm o risco de não entregar empreendimentos aos mutuários se não forem tomadas medidas adicionais e fortes do setor público.

Para permitir a montagem dos canteiros de obra e a finalização de empreendimentos já em andamento, será lançada uma linha de financiamento de capital de giro para as construtoras, que vai começar com R$ 3 bilhões e pode ser ampliada. Estão sendo analisadas dez alternativas de crédito. Entre as fontes está a utilização de recursos do Tesouro Nacional, que repassaria o dinheiro ao BNDES e à Caixa Econômica Federal.

Serão colocadas em prática as medidas que irrigarem a construção civil com mais rapidez. Poderão se beneficiar da medida empresas pequenas, médias e grandes, de capital aberto ou fechado. O prazo de pagamento será de 36 meses.

A preocupação do governo é o fato de muitas construtoras do país - especialmente um grupo de pouco mais de 20 que estão listadas na Bolsa ? terem vendido, em média, 60% das unidades dos projetos lançados. Antes do aquecimento do mercado, o número ficava entre 20% e 30%.

Com o "boom" do financiamento imobiliário, as construtoras abriram capital e levantaram muito dinheiro. Compraram terrenos e começaram a vender milhares de empreendimentos. Agora, não só a Bolsa despenca, como secaram os demais canais de financiamento. As construtoras ficaram, assim, sem recursos para dar continuidade aos empreendimentos.

Custo
9% mais TR
É a proposta de juros feita pelo setor ao governo. Segundo as empresas, os recursos poderão ser usados para financiar fusão entre as construtoras, além da compra de ativos e adiantamento de recebíveis.

Fonte: Gazeta On-line
 
Por:  CDL Marataízes e Itapemirim    |      Imprimir