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Bovespa tem queda de 3,77% em dia de tensão no mercado
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Na Europa, bancos centrais fizeram cortes nos juros pela manhã. Indicadores negativos voltaram a causar fortes baixas nas bolsas.
Foto: www.g1.com.br A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou a segunda queda seguida nesta quinta-feira (6), seguindo novamente o mau humor dos mercados financeiros internacionais. Com isso, o índice Ibovespa - referência para o Brasil - fechou em baixa de 3,77%, aos 36.361 pontos. Na mínima, a queda chegou a 6%.
Depois de registrar vários pregões seguidos de valorização, o Ibovespa voltou a ficar acima dos 40 mil pontos na terça-feira (4). Entretanto, com duas fortes quedas seguidas, o índice perdeu o patamar. Somente nesta quarta e quinta, a desvalorização acumulada é de 9,67%, considerados aos 40.254 pontos de anteontem.
O mercado brasileiro segue as quedas registradas nas bolsas de valores de todo o mundo. As principais bolsas da Europa fecharam em forte desvalorização. Nos Estados Unidos, o mercado voltou a ser influenciado pela perspectiva de recessão mundial, e também caminha para forte desvalorização.
De acordo com o diretor de renda variável da FinaBank Corretora, Edson Marcellino, os investidores perderam o ânimo com o cenário externo, que vinha de um período de forte otimismo com a eleição presidencial norte-americana.
Para Marcellino, as medidas que já foram tomadas para conter os problemas no setor financeiro e estimular o lado real da economia só devem ter efeito no começo no ano que vem. Portanto, dados negativos farão parte da rotina durante o resto de 2008. "Esse ano já acabou, será difícil ver números favoráveis."
Ações
No âmbito corporativo, o destaque do pregão ficou com as ações ON do Banco Nossa Caixa, que subiram 13,06%, para R$ 45,00, em meio a rumores de compra pelo Banco do Brasil.
Outra estatal paulista, a Cesp, também ganhou valor. Duas importantes concessões devem ser renovadas, o que abre caminho para que a estatal seja privatizada. O papel PNB ganhou 7,37%, para R$ 12,08.
Os carros-chefe puxam as perdas dentro do índice, acompanhando o preço das commodities e as previsões de menor crescimento mundial para 2009. Petrobras PN se desvalorizou 5,56%, para R$ 22,90, enquanto Vale ON caiu 3,76%, para R$ 24,80. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA perdia 6,38%, para R$ 24,50.
O setor financeiro também foi alvo de vendas. Com o quarto maior volume negociado no dia, a ação PN do Bradesco caiu 5,24%, para R$ 23,66. Já o papel PN do Itaú cedeu 6,17%, fechando a R$ 24,31. As units do Unibanco recuaram 6,15%, para R$ 13,27.
Juros
Pela manhã, foi divulgada a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que decidiu pela manutenção da taxa de juro em 13,75% ao ano. No documento, a autoridade avaliou que ainda continuam a ser "relevantes" os riscos de concretização de um "cenário benigno" (no qual as metas são cumpridas) para a inflação.
Os investidores também seguem de olho nos cortes nas taxas de juros anunciados mais cedo pelos BCs britânico e europeu. Em uma medida que surpreendeu o mercado, o Banco da Inglaterra cortou a taxa básica de juro da economia em 1,5 ponto percentual, para 3%, no maior corte desde que o BC se tornou independente, em 1997.
Em Frankfurt, o Banco Central Europeu - responsável pela política monetária da zona do euro - decidiu por um corte de 0,5 ponto percentual, para 3,25%.
Bovespa tem queda de 3,77% em dia de tensão no mercado financeiro
Na Europa, bancos centrais fizeram cortes nos juros pela manhã.
Indicadores negativos voltaram a causar fortes baixas nas bolsas.
Fonte:
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Por:
Alexandre Costa Pereira |
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