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Caminhada em homenagem à menina achada em mala

Maior parte dos manifestantes era formada por colegas de escola. Pai diz que "o importante, agora, é encontrar culpado".
Caminhada em homenagem à menina achada em mala

Foto: Marília Juste/G1

Marília Juste

Uma caminhada silenciosa de protesto contra a morte da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, reuniu mil pessoas na manhã desta sexta-feira (7), no centro de Curitiba. O número de participantes foi confirmado pela Polícia Militar.

A maioria dos manifestantes era formada por alunos da escola em que a garota estudava. Os pais de Rachel também estiveram na caminhada.

Rachel desapareceu na segunda-feira (3), depois de sair da unidade de ensino. Ela costumava ir à escola de ônibus, sozinha. O corpo da menina foi encontrado na madrugada de quarta-feira (5), dentro de uma mala abandonada, na rodoviária da cidade, com sinais de violência sexual e estrangulamento. A polícia investiga o caso. O computador usado pela menina e um lençol encontrado junto ao corpo serão analisados.

Culpado

O pai de Rachel, Michael Genofre, disse, antes da caminhada, que está acompanhando as investigações. "O mais importante agora, que a gente já se despediu dela, é achar logo quem fez isso", afirmou.

Para Genofre, não havia problema no fato da filha ir sozinha, de ônibus, à escola. "O culpado é quem assassinou minha filha, não a gente. Muitas crianças vão para a escola sozinhas porque precisam. Isso é uma realidade. Não dá para dizer que isso aconteceu porque ela andava sozinha."

Os pais de Rachel se separaram há cerca de oito anos, mas Genofre garantiu que mantinha uma relação próxima com a filha, apesar de eles não morarem juntos. "Viver é perigoso. Essa é uma frase que minha filha adorava", comentou ele. "A gente tem que confiar na educação dos nosso filhos. Moramos em uma metrópole e queremos ensinar nossos filhos a serem independentes."

Caminhada em homenagem à menina achada em mala reúne mil pessoas
Maior parte dos manifestantes era formada por colegas de escola.
Pai diz que "o importante, agora, é encontrar culpado".

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir