Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 14-11-2008

“WILLIAM SHEIKISPIR ORGULHO DA RUA DA BACIA"
Este é o samba enredo - para Zézé Gomes (Alegria, Alegria) e Fabinho Dorian.
“WILLIAM SHEIKISPIR ORGULHO DA RUA DA BACIA

Manoel Manhães [email protected]

"WILLIAM SHEIKISPIR ORGULHO DA RUA DA BACIA"

(Sobem os cavaquinhos) Puxador: -Olha o G.R.E.S. Rua da Bacia aí, gente, festejando o bardo com muito samba no pé e muito rebolado no ziriguidum!!! (Entra a bateria e começa o samba).

Foi, ahhh! foi, num 23 de abril / Que o mundo se encheu de alegria / Quando uma senhora pariu / O bardo onde hoje é revenda da Avon / Nós, ahhhh nós!, nós da Rua da Bacia/ damos vivas a Lêidi Maria Ardon. / Vendo que o teatro dava samba / O nosso William meteu a cara / Mas vivia na corda bamba / Porque dinheiro era avis rara / Pra descolar umas libras esterlinas / Pegava tudo o que se fazia na produção / Maquiagem, contra-regras e faxinas / Roupa, cenário e também figuração / Mas um dia, ah... mas um diaaaa!!.... / (até imagino a cena!) / Aconteceu que – ó! – o autor faltou-ô-ô / Então o William também pegou a pena / E virou escritor-ô-ô!/ O resto é Alegria, Alegria / no Esplendor da Noite / a Rua, ah... a Rua da Bacia / virou uma verdadeira boite /.

(Estribilho) Sobe a cuíca e o atabaque / E no palco desce o pano / Viva esse que era o craque / Do teatro baíciano!

Daí pro sucesso foi um pulo / Pras peças a platéia só fazia "Afe!" / Ricardo III, o manco fulo, / Henrique IV, onde tinha o bom Falstaff, / Catarina, a Megera Domada, / Com Petruquio ela sossegou o facho / Comédia dos Erros, ó presepada! / Tito Andronicus, esse era cabra macho! / Sonho de Uma Noite de Verão, ô lá rá, /
Comédia que nunca atravessou o ritmo / Muito Barulho por Nada eu vou lembrar: / O Benedito da Beatriz era o vítimo! / Mas nem só pro riso o teatro existe / Fazer chorar também era obséquio / E o William então mandou aquela história triste / Falando dos Capuleto e dos Montéquio! / Romeu e Julieta amor sem alegria / os dois unidos só na morte / e a Rua, ah!!!... a Rua, a Rua da Bacia / chorou essa triste sorte!!/ .............................
(breque) Chora cavaco / os dois foram pro buraco!!
(Estribilho) Sobe a cuíca e o atabaque / E no palco desce o pano / Viva esse que era o craque / Do teatro baíciano!

Abro espaço agora no meu cordão / Pra desfilar tragédias sheikispirianas / Omelete, com a caveira na mão, / E o Rei Liar com as filhas doidivanas, / MacBeth junto com a Lêidi era o demo, / E o Otelo, criaturinha ciumenta, / Antônio e Cleópatra: eu até tremo / De lembrar de serpente tão peçonhenta / Com A Tempestade o William se aposentou / E a pena ele resolveu pendurar / O que ele tinha pra falar ele falou / Vive na praia na base de Skol e peruá / O resto é Alegria, Alegria / no Esplendor da Noite / a Rua, ah... a Rua da Bacia / virou uma verdadeira boite /.

(Estribilho) Sobe a cuíca e o atabaque / E no palco desce o pano / Viva esse que era o craque / Do teatro baíciano!

(Repique da bateria. O ritmo ferve nos pés do mestre-salão do Palácio de Buckingham e da porta-bandeira da Casa de Tudor. O puxador recomeça o samba)"
Atenção: Os ensaios ocorrerão na Ilha.

    Fonte: O Autor
 
Por:  Manoel Manhães    |      Imprimir