Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 20-11-2008

É MELHOR TER JEITO
A cegonha pousou na beira da praia, trazia vários peixinhos presos no seu longo e profundo bico
É MELHOR TER JEITO

É Melhor Ter Jeito: De Coelho, Aranha Ou Formiga Que Pousar Como Cegonha

A cegonha pousou na beira da praia, trazia vários peixinhos presos no seu longo e profundo bico. Ela estava pronta para comer o delicioso filé de pescada banana, quando, de repente, apareceu aquele chinês cujo nome rima com... Jag Yein disparado.

- Querida cegonha! Há quanto tempo! Sempre vistoso, que beleza! Já fiquei sabendo que a senhoria está na escola de "vos tos e votos ados" da Marataslavia, querendo aprender o canto, melodia e harmonia e os encantos dos professores Uirapuru, trinca – ferro, canário real, cólera e Tangará. Maravilha! Gostaria muito de estar no seu lugar, passar no vestibular e também ouvir e aprender o que eles ensinam cantar!

Nisto, apareceu o coelho, após ter ouvido os estardalhaços, tocou sua mole barriga no chão, ainda meio desconfiado, erigiu forte levantando as orelhas e arregalando os olhos foi dizendo: - " eu nunca confio na minha velocidade, minha sobrevida depende das varia tocas que construo, uma em cada ponto cardeal. A qualquer menção de perigo paro, analiso, meço e escolho o melhor caminho. Tenho alguns amigos que sofreram revezes, mas, até agora sobrevivi. A cegonha, bem..., a cegonha abriu o bico e despejou quantidade de outros peixes, entre eles, algumas sardinhas mortas. É, isso mesmo, abriu o bico. O badejo, em dois saltos e piruetas ganhou a liberdade. Mais parecia um Jet-ski, surfando por sobre as águas, rumando para a foz do rio. Alguns segundos depois..., escuta só o coelho tirando uma de cantor: "- Como pode peixe vivo viver fora da água fria... Como pode peixe vivo viver fora da água fria, como poderemos viver, como poderemos viver, sem a suas, sem a suas, sem a suas, cortesias, sem a suas, sem a suas, sem a suas, cortesias."

Até hoje não ainda não tinha errado uma! Foram cinco previsões e cinco acertos. Mas como analiso, sei que errei o ponto da massa, a letra e a "nota" esta fora. Nem bem acabou de falar, ouviu-se um tilintar de uma aranha, que acrobaticamente pendurada do alto do tronco centenário, assim se declarou: eh! eh!, eh!, eh!, quer dizer, boa prosa! Porca e pouca história. Peixes podres, ou melhor, muitas mensagens. Eu, por exemplo, trabalho devagar, com linhas tênues, com costura precisa e liquido paralisante sempre venço minhas provas e derroto meus adversários, opa, melhor dizendo, meu alimento, além de que, construo minha "casa" na sala mor do Rei.

A cegonha não poderia entender ou saber por que estava chorando. Em meio às lágrimas olhou ao longe e viu um caminheiro de formigas, e percebeu a coletividade. Uma engrenagem perfeita. Umas cortando, outras carregando, outras jardinando e a rainha, por seu privilégio reproduzindo sua geração e ampliando sua força. Lá do topo do desterrado do formigueiro, um conjunto saltitante de formigas embalava o trabalho a cantar alegremente:

"choram os parceiros, meu orgulho agora se transforma em lágrimas. Neste orgulho e soberba fiquei sem asas. Asas pra minha imaginação, asas que alcem bem alto. Asas que me fariam voar. Choro sem asas, porque não tem lacaios aqui. Sem esta forçaaaa, eu sei que não vou conseguir. E entre outras coisaaaas, bem sei que perdi."

Primeira: quem escuta muito elogio perde o rumo do navio.
Segunda: hora de comer, comer. Hora de cantar, cantar.
Terceira: será que a cegonha continuara freqüentando alguma escola de canto?
Quarta: ser sensível igual o coelho preserva e persevera a vida.
Quinta: o trabalho em grupo deve ser regular e permanente.
Pouca história e muito desafio! Vamos ensinar o que mais pode ser feito.

    Fonte: O Autor
 
Por:  Eduardo Calixto Oliveira    |      Imprimir