Paulo Lacerda, que foi exonerado nesta segunda (29) da direção-geral da Abin
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil Jeferson Ribeiro
A exoneração de mais dois membros da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afastados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicada nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União.
O assessor especial do Diretor-Geral da Abin, Renato Porciúncula, e o diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, foram exonerados hoje.
Na edição extra do Diário Oficial da segunda-feira (29), foram publicadas as exonerações do diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, e do diretor-geral adjunto da agência, José Milton Campana.
Lacerda estava fora do comando da Abin desde 1º de setembro deste ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu afastar toda cúpula do órgão depois das denúncias de que agentes participaram sem autorização da Operação Satiagraha, a pedido do delegado Protógenes Queiroz.
Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Lacerda pediu para sair depois que recebeu o convite para assumir o cargo de adido policial na embaixada brasileira em Portugal.
Segundo o Ministério da Justiça, o cargo foi criado na semana passada, quando o convite foi feito ao ex-diretor-geral da Polícia Federal. Antes de formalizar o convite à Lacerda, o ministro da Justiça, Tarso Genro, consultou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concordou com a mudança.
O adido policial é responsável por todas as negociações que envolvam forças ou ações policiais do Brasil. O Brasil já tem adidos policiais na Argentina, no Paraguai, no Uruguai, na Colômbia, na França, na Bolívia e no Suriname. Também foram criados os cargos de adidos policiais na Itália e nos Estados Unidos, mas ainda não foram indicados os titulares.
Lacerda vai receber em dólares, e seu salário será maior do que o que recebia para chefiar a Abin.
A avaliação do Ministério da Justiça é que Lacerda é o nome mais adequado para assumir o cargo porque tem muitos anos de serviço na Polícia Federal e trabalhou no setor de inteligência do governo. Portugal é considerado um posto-chave para o governo porque há um combate intenso ao tráfico de pessoas e à imigração ilegal.
Segundo o GSI, a Abin continurá sob o comando interino de Wilson Roberto Trezza até que seja nomeado um novo diretor-geral. No entanto, ainda não há substitutos para os outros cargos.
Cúpula da Abin é exonerada
Diretores já estavam afastados do cargo desde setembro.
Diário Oficial trouxe exonerações de três diretores e de um assessor.
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