Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-01-2009

Manifestação em SP contra violência em Gaza
Árabes e descendentes se reuniram para pedir paz. Às 17h, muçulmanos se ajoelharam para rezar pelas vítimas do conflito.
Manifestação em SP contra violência em Gaza
Foto: Claudia Silveira/G1

Claudia Silveira

Árabes, descendentes de povos árabes, líderes religiosos e simpatizantes com a causa palestina se reuniram na tarde desta sexta-feira (2) na vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para protestar contra a violência na Faixa de Gaza e contra o que consideram omissão do Tribunal Internacional da ONU diante do conflito e das centenas de mortes na região desde o final de dezembro do ano passado.

O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas, Abdul Nasser El Rafei, disse que a comunidade árabe no Brasil não está conformada diante da violência na Faixa de Gaza.

"Não nos conformamos com o silêncio do Tribunal Internacional. Cadê a ONU? Cadê as entidades de direitos humanos que não fazem nada diante do que está acontecendo na Palestina", indagou.

"Essa manifestação aqui em São Paulo é o máximo que nós podemos fazer estando no Brasil", lamentou Abdul Nasser.

A organização do encontro esperava reunir cerca de 300 pessoas no local e comemorou a adesão tanto de libaneses, marroquinos, sírios, paquistaneses e seus descendentes, quanto a de entidades brasileira não-religiosas, como os partidos políticos.

"Tem muita gente que não sabe nada da causa palestina", disse o descendente de libanesesTahsine Ahmad Hammoud, que aproveitou a ocasião para colocar à venda por R$ 30 os lenços palestinos que viraram acessórios da moda de ocidentais descolados.

A manifestação estava prevista para começar às 15h, mas a estudante Asmahan Mazloum, de 22 anos, já esperava desde o meio-dia. "Estou aqui porque tenho parentes na Palestina que estão sofrendo muito. Vim pela paz na região e pelo direito de viver, que todos nós temos", disse a jovem, que foi sozinha, mas logo conheceu a estudante Kátia da Costa, de 17 anos.

A adolescente, que não é descendente de árabes nem é muçulmana, foi até a Avenida Paulista por se identificar com a causa. Ela ficou sabendo da manifestação em uma comunidade do Orkut. "Me comovi com as notícias da violência que eles estão sofrendo. É a primeira vez que me envolvo em uma manifestação assim.

O analista de sistemas Ali Rajab, de 27 anos, foi com um grupo de amigos. "A gente espera que os comandantes abram os olhos para o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Viemos mostrar apoio ao povo palestino".

A manifestação foi encerrada minutos antes das 17h, para que fosse realizada a reza da tarde. Às 17h em ponto, ali mesmo no chão do vão livre do Masp, os muçulmanos se ajoelharam e rezaram também pelos mártires da violência na Faixa de Gaza.

Na próxima segunda-feira (5), está prevista uma reunião para definir as próximas ações no Brasil contra a violência na Faixa de Gaza.

Manifestação em SP contra violência em Gaza pede interferência da ONU
Árabes e descendentes se reuniram para pedir paz.
Às 17h, muçulmanos se ajoelharam para rezar pelas vítimas do conflito.


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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir