Depois de ler a programação do verão de Marataízes, assim como nossos vizinhos, me deixa perplexo a simbíose do nada.
Depois de ler a programação do verão de Marataízes, assim como nossos vizinhos, me deixa perplexo a simbiose do nada. O talento para a baianização, o gosto pelo frívolo, a renúncia do nada por coisa nenhuma.
Passa longe os aspectos culturais e esportivos. A sacada de uma coisa nova que possa ter um começo e se desenvolva até os quatro anos de mandato. São mais de uma década focados nessa baboseira de trio elétrico e mais nada. Sim é isso que me espanto, mais nada.
Não espero os grandes shows com artistas loucos para sair do palco a caminho de mais um show em um município que no palco troca o nome. Queria fazer parte do plano B. Mais eventos culturais com boa música e teatro, por exemplo, que seja para poucos, mas que me encha de orgulho de ver algo bonito.
O turismo fica restrito a isso. É como um lutador já nocauteado. Só falta o soco final. Fico pensando o seguinte: os políticos têm um discurso de chegar ao poder. Busca um programa mínimo de governo e uma meta para se desenvolver nas diversas áreas de atuação. Ganham e ficam igual aquele cachorro que latia para o carro. Pois bem, o carro para e o cachorro não sabe o que fazer. Pensa morder a lada que não vou. Ai fica nisso.
Acaba o verão vamos nos preparar para a decrépita Festa das Canoas com os seus camelos e o povo comprando piratas. Julho passa batido ai vem dezembro. E começa "tudo como antes na casa de Abrantes". Vem nesse meio a festinha do abacaxi, onde o menos importante é a história e o produto. A destacar o MOTOFEST que atinge o seu objetivo. Sem contar na festa popular do carnaval com os blocos Esplendor e Alegria Alegria. Que recebem coisa nenhuma para colocar muita coisa na avenida.
Espero que possamos enxergar um turismo de múltiplas facetas, para que não se repita o ciclo do nada para coisa nenhuma.
Fonte: O Autor
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