Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-03-2009

Após cirurgia, paciente com dois corações está estável
Ele ficará com dois corações até que o novo assuma todas as funções.
 Após cirurgia, paciente com dois corações está estável
Foto: g1

A cirurgia rara que deixou um homem de 53 anos com dois corações, realizada no Incor, em São Paulo, durou 12 horas, das 11h às 23h desta quarta-feira (4).

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, nesta quinta-feira (5) o paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seu estado de saúde é estável.

O paciente é um servidor público de Belém do Pará, de acordo com informações da assessoria do hospital à TV Globo.

O doador, um jovem de 26 anos, morreu em um acidente de moto em Sorocaba, no interior de São Paulo. A família doou os órgãos e o coração chegou de helicóptero ao Incor.

O paciente precisava da ajuda de aparelhos para respirar e fazer o sangue circular pelo corpo. Nos últimos 10 anos, ele desenvolveu uma doença chamada miocardiopatia dilatada, que é quando o músculo do coração aumenta de tamanho e perde a força para bombear o sangue.

Ele estava na fila de transplante havia quatro meses. O paciente também sofria de hipertensão pulmonar e, por isso, passou por uma cirurgia rara para ficar com dois corações, ligados por tubos. O antigo vai alimentar os pulmões, enquanto o novo ficará com a função de bombear o sangue para o resto do corpo.

Com o tempo, o órgão transplantado deve assumir todas as funções e, com isso, o coração antigo será retirado.

A expectativa é que esse processo leve seis meses. Segundo o cardiologista Fernando Bacal, esse transplante é usado para pacientes que já tentaram outras alternativas. Em 30 anos, essa é a sexta vez que uma cirurgia desse tipo é realizada no Incor. O transplante deve terminar às 21h desta quarta.

Após 12 horas de cirurgia, paciente com dois corações está estável

Homem de 53 anos recebeu doação de jovem morto em Sorocaba.
Ele ficará com dois corações até que o novo assuma todas as funções.


Fonte:

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Por:  Fábio Farias    |      Imprimir