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Dissidência do IRA assume ataque que matou policial

Policiais guardam nesta terça-feira (10) o local do ataque a tiros que matou policial no dia anterior em Craigavon, sul da Irlanda do Norte.
Dissidência do IRA assume ataque que matou policial

Foto: Reuters

O IRA de Continuidade, grupo que se separou do Exército Republicano Irlandês (IRA), assumiu nesta terça-feira (10) a autoria do assassinato de um policial, cometido na noite anterior na Irlanda do Norte, informou a agência local "Press Association".

O policial, identificado como Stephen Paul Carroll, de 48 anos, foi baleado na localidade de Craigavon (sul da província), enquanto investigava a denúncia de uma mulher sobre uma atividade suspeita na área.

"Enquanto os britânicos estiverem na Irlanda, estes ataques continuarão", disse o grupo terrorista, em mensagem codificada.

O agente morreu 48 horas depois que dois soldados foram assassinados na província em um ataque do IRA Autêntico, outra organização dissidente do atualmente inativo IRA.

No tiroteio - que aconteceu a curta distância - ficou ferido o parceiro do agente que morreu.
Este é o primeiro assassinato de um policial da Irlanda do Norte (PSNI) desde a criação deste corpo, em 2001, para substituir o Royal Ulster Constabulary (RUC).

Trata-se também do primeiro assassinato de um policial na província desde 1998, ano em que o IRA Autêntico cometeu o atentado de Omagh, no qual 29 pessoas morreram.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, condenou o crime e disse que "não haverá um retorno aos velhos tempos" na província.

"Estes são assassinos que tentam distorcer, perturbar e destruir o processo de paz que funciona para a população da Irlanda do Norte", ressaltou Brown, em uma declaração em Londres.

Dissidência do IRA assume ataque que matou policial na Irlanda do Norte
Tiroteio ocorreu dois dias após morte de dois soldados britânicos.
Premiê Gordon Brown disse que não haverá "volta aos velhos tempos".

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir