Categoria Trag�dia  Noticia Atualizada em 10-03-2009

Nenhum Chefe de Estado estrangeiro compareceu ao funeral de Nino Vieira
O caix�o foi transportado para a Assembleia Nacional Popular
Nenhum Chefe de Estado estrangeiro compareceu ao funeral de Nino Vieira
Foto: Luc Gnago/Reuters

Nenhum Presidente estrangeiro estava presente quando, por volta do meio-dia, principiaram as cerim�nias f�nebres do Chefe de Estado guinense assassinado na semana passada, Jo�o Bernardo Vieira.

Nem sequer o Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, cuja presen�a fora oficialmente anunciada, se encontrava no edif�cio da Assembleia Nacional Popular (ANP) quando come�aram, com um algum atraso, as ex�quias de Nino Vieira. Dacar acabou por se fazer representar pelo ministro de Estado respons�vel pelas Minas, Ind�stria e Pequenas e M�dias Empresas, Ousmane Alioune Ngom.

Com Ngom chegaram ao aeroporto de Bissalanca, que serve Bissau, 12 dos 20 filhos de Nino Vieira que o protocolo guineense dissera que estavam a ser aguardados e que foram o motivo do atraso de mais de uma hora verificado no arranque das cerim�nias.

O que se verificou foi uma esp�cie de "boicote" da generalidade da classe pol�tica africana ao funeral do Chefe de Estado, como explicou a ag�ncia noticiosa Nova China. Muitos presidentes do continente pareceram dar um ind�cio de que consideram a situa��o na Guin�-Bissau demasiado inst�vel para a� se deslocarem nesta altura.

A vi�va, Isabel Romano Vieira, sa�da do seu ref�gio na embaixada de Angola para ir ao funeral, apenas teve a oportunidade de ver o primeiro-ministro recentemente nomeado para a vizinha Rep�blica da Guin� (Conacri), Kanib� Komara, e o secret�rio de Estado portugu�s dos Neg�cios Estrangeiros, Jo�o Gomes Cravinho. Para al�m do antigo Presidente Miguel Trovoada, de S�o Tom� e Pr�ncipe, e de dois antigos presidentes interinos da Guin�-Bissau: Malan Bacai Sanh� e Henrique Rosa.

Enquanto isto, na Cidade da Praia, o jornal "A Semana online" destacava que "Nino Vieira n�o deixa muitas saudades entre os seus antigos companheiros de armas naturais de Cabo Verde". "Era uma figura sinistra", disse um deles, o comandante Osvaldo Lopes da Silva.

Os antigos camaradas, dizia-se naquele jornal, "n�o se esquecem que foi ele que, a 14 de Novermbro de 1980, p�s termo ao sonho de Am�lcar Cabral de unir os dois pa�ses" (a Guin� e Cabo Verde).

"Teve a morte que mereceu", sintetizou Osvaldo Lopes da Silva, que participou na luta pela independ�ncia guineense e mais tarde veio a ser um dos principais dirigentes do Partido Africano da Independ�ncia de Cabo Verde (PAICV), nascido da cis�o provocada no PAIGC pelo golpe de estado em que Nino Vieira derrubou o Presidente Lu�s Cabral, actualmente a viver em Portugal.

Cerim�nias arrancaram perto do meio-dia.
Nenhum Chefe de Estado estrangeiro compareceu ao funeral de Nino Vieira.
O caix�o foi transportado para a Assembleia Nacional Popular.


 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir