Categoria Economia  Noticia Atualizada em 19-03-2009

Sarkozy enfrenta mais uma greve geral em menos de dois meses
O transporte ferrovi�rio de longa dist�ncia sofreu o maior baque: 55% dos trens regionais e 40% dos de alta velocidade, tanto internos como internacionais, ficaram parados
Sarkozy enfrenta mais uma greve geral em menos de dois meses
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Paris, 19 mar (EFE).- A mobiliza��o cidad� contra a pol�tica do presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, diante da crise econ�mica tomou forma hoje no segundo dia de greve geral em menos de dois meses, no que foi uma das maiores manifesta��es desde sua chegada ao poder.

Os oito principais sindicatos da Fran�a levaram �s ruas mais manifestantes do que em 29 de janeiro deste ano, quando chegaram a afirmar que tinham convocado as maiores passeatas dos �ltimos 20 anos.

No total, os sindicatos calcularam em tr�s milh�es o n�mero de manifestantes em mais de 200 cidades francesas, cifra que a Pol�cia reduziu para 1,2 milh�o.

De qualquer forma, a mobiliza��o foi superior � de janeiro, quando os sindicatos presumiram ter reunido 2,5 milh�es de pessoas, contra a soma de 1,08 milh�o defendida pelas autoridades.

A grande mobiliza��o do setor p�blico, tradicional na Fran�a nas convoca��es para as greves gerais, desta vez teve o marcante apoio de trabalhadores de empresas privadas, afetados pelas consequ�ncias de uma crise que est� provocando demiss�es e fechamentos de companhias.

Os principais l�deres sindicais classificaram os acontecimentos como um "�xito sem precedentes" e reivindicaram uma nova rodada de negocia��es com o Governo.

Para eles, n�o valem mais as promessas feitas por Sarkozy h� um m�s, quando p�s sobre a mesa 2,6 bilh�es de euros em forma de um pacote social para enfrentar as consequ�ncias da crise econ�mica.

Agora, os l�deres sindicais exigem "medidas concretas", como assegurou o secret�rio-geral da Confedera��o Francesa Democr�tica do Trabalho (CFDT), Fran�ois Chereque.

Tais medidas passam por acabar com as demiss�es no funcionalismo p�blico, aumentar os sal�rios para estimular o consumo e proteger os avan�os sociais conseguidos nos �ltimos anos os quais, segundo os sindicalistas, o Governo est� enfraquecendo, como as 35 horas semanais de trabalho.

Amanh�, os l�deres sindicais se reunir�o para estudar as consequ�ncias desta greve geral e, eventualmente, convocar outra caso o Executivo n�o ceda.

Eles ter�o o primeiro sinal esta noite, quando escutarem na televis�o o primeiro-ministro franc�s, Fran�ois Fillon, o qual h� poucos dias j� avisava que n�o haveria novas despesas sociais, independente do que houvesse com a greve geral.

"Ele n�o pode virar a cara para n�o ver, deve voltar a sentar-se na mesa de negocia��o", alerta o l�der da Confedera��o Geral do Trabalho (CGT), Bernard Thibault, entusiasmado com a "fant�stica" recep��o de sua convoca��o � greve.

Al�m disso, os sindicatos sabem que estas convoca��es t�m o apoio da opini�o p�blica, como reflete uma pesquisa publicada na ter�a-feira passada, a qual assegurava que 78% dos franceses apoia as centrais oper�rias.

Como ocorreu h� menos de dois meses, a greve foi um �xito de convoca��o, mas n�o atingiu o objetivo de paralisar o pa�s.

Os servi�os m�nimos impostos pelo Governo nos �ltimos anos fizeram funcionar os transportes nas principais cidades.

Em Paris, verdadeiro term�metro da greve, o metr� e os �nibus funcionaram em quase total normalidade, motivo pelo qual a sensa��o de dia de greve geral s� ficou presente nos lugares atravessados pelo imponente movimento de protesto.

Nos trens urbanos, o tr�fego foi superior ao esperado, mas a suspens�o de metade dos servi�os em algumas linhas dificultou que muitos habitantes da periferia de Paris chegassem a seus postos de trabalho.

O transporte ferrovi�rio de longa dist�ncia sofreu o maior baque: 55% dos trens regionais e 40% dos de alta velocidade, tanto internos como internacionais, ficaram parados.

Os aeroportos sofreram menos problemas do que em interrup��es anteriores, embora alguns atrasos em torno de meia hora tenham sido registrados e 10% dos voos nacionais do Charles de Gaulle e 30% dos de Orly tenham sido cancelados. EFE

Sarkozy enfrenta mais uma greve geral em menos de dois meses

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir