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Alexandre Costa Pereira
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O Brasil na luta contra a tuberculose
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Jovens, maduros ou beirando a terceira idade, os metaleiros que se reuniram em Bras�lia para ouvir o Iron tocar deixaram longe a imagem de arruaceiros que preocupava os pais de outrora. Foto: http://www.amparo.sp.gov.br Jos� Gomes Tempor�o A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) declarou a tuberculose como uma emerg�ncia global, quando, em 1993, um ter�o da popula��o mundial estava infectado pelo bacilo de Koch. Hoje, 9 milh�es de pessoas ainda adoecem todos os anos e quase 2 milh�es morrem por causa da doen�a. No Brasil, esses n�meros tamb�m s�o significativos, tendo sido registrados no �ltimo ano 72,8 mil casos novos e 4,5 mil mortes. Diversos fatores favorecem a dissemina��o do bacilo e dificultam o controle. O principal, sem d�vida, � a desigualdade social, que determina as condi��es de vida de uma parcela significativa da popula��o. Al�m disso, com o surgimento da epidemia da aids, a tuberculose recrudesceu em todo o mundo, mesmo nos pa�ses mais desenvolvidos, e passou a ser a principal causa de morte entre os portadores do HIV. O Brasil � signat�rio da declara��o dos Objetivos de Desenvolvimento do Mil�nio (ODM), da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU). At� 2015, deve-se reduzir a incid�ncia e a mortalidade � metade daquela observada em 1990. A melhoria das condi��es de vida do brasileiro e as a��es de preven��o e controle da tuberculose t�m contribu�do para isso. De 1990 a 2006, tivemos uma queda das taxas de incid�ncia e de mortalidade da doen�a, respectivamente, de 26% e de 31%. Mas isso n�o � suficiente. Em 2003, a doen�a passou a ser prioridade do Minist�rio da Sa�de. De 2003 a 2008, o governo federal aumentou de R$ 5,5 milh�es para R$ 157 milh�es os recursos para o setor. Neste ano, adotamos um novo esquema de tratamento para ampliar a ades�o dos pacientes: passamos a adotar quatro drogas em um �nico comprimido. A medida reduzir� o abandono ao tratamento. A a��o � um marco para uma doen�a que utiliza o mesmo tratamento h� mais de 40 anos, sendo poucas as pesquisas do mercado farmac�utico sobre novas drogas. Entre os resultados mais recentes, ressaltam-se a expans�o do tratamento supervisionado � supervisionado por um profissional de sa�de ou pessoa capacitada � e a descentraliza��o das a��es, com �nfase na Estrat�gia da Sa�de da Fam�lia. Se for considerado apenas o desempenho dos 315 munic�pios priorit�rios, a cobertura � de 81% � em 2001 era de apenas 7%. A mobiliza��o comunit�ria � fundamental para o diagn�stico precoce, aumentando a ades�o ao tratamento e a diminui��o do abandono, para menos de 5%. Com estas iniciativas, ser� poss�vel alcan�armos a taxa de cura de 85% � meta preconizada pela OMS. Com os programas adotados, o abandono do tratamento pelos pacientes, fator considerado cr�tico, caiu de 12% para 6,9%, e foi implantado o controle de qualidade nos medicamentos contra tuberculose utilizados no pa�s. Fruto deste trabalho, at� o dia 25 de mar�o o pa�s sediar� encontro que debater� os rumos da pol�tica de controle da tuberculose em todo o mundo. Para a rela��o tuberculose e aids, o Brasil conseguiu, com a integra��o de programas, estabilizar a preval�ncia do HIV em 0,6% da popula��o, dos quais pouco mais de 10% desenvolvem a tuberculose. Com a evolu��o alcan�ada, fica cada vez mais plaus�vel a perspectiva de que os Objetivos de Desenvolvimento do Mil�nio em rela��o � tuberculose sejam atingidos antes de 2015. A a��o deve ser encarada de forma ampla, inclusiva, n�o reducionista, pois a busca do controle � tamb�m a procura por solu��es para a melhoria da qualidade de vida das popula��es atingidas. O Brasil na luta contra a tuberculose, por Jos� Gomes Tempor�o Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br
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