Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-03-2009

Impacto da crise sobre pesquisas pode alastrar tuberculose
A ONU advertiu hoje que a tuberculose, doen�a que apesar de ter cura mata 1,75 milh�o de pessoas ao ano...
Impacto da crise sobre pesquisas pode alastrar tuberculose
Foto: http://www.libertas.sm

Rio de Janeiro, 24 mar (EFE).- A ONU advertiu hoje que a tuberculose, doen�a que apesar de ter cura mata 1,75 milh�o de pessoas ao ano, pode se propagar ainda mais se, em virtude da crise, forem reduzidos os fundos para pesquisa.

"N�o aceitamos que, em nome da crise, uma pessoa seja obrigada a escolher entre pagar pelo tratamento e dar de comer a seus filhos", afirmou hoje o secret�rio-geral da ONU para a aids, Michel Sidib�, num f�rum mundial que acontece no Rio de Janeiro e que coincide com o Dia Internacional contra a Tuberculose.

Este ano, calcula-se que US$ 3 bilh�es ser�o destinados ao combate da doen�a, que infecta 9,27 milh�es de pessoas a cada ano.

De acordo com a ONU, 87% desse dinheiro vem dos Governos de 94 pa�ses, em sua maioria europeus; 9%, do Banco Mundial (BM), e o restante, de doadores privados.

Ainda segundo a organiza��o, seriam necess�rios mais US$ 1,6 bilh�o para, at� 2015, reduzir � metade as mortes causadas pela tuberculose, meta que faz parte de um dos Objetivos do Mil�nio.

"Com este panorama, achamos que, em 2010, a diferen�a entre o que vai ser investido e o que se precisa investir crescer� para US$ 4 bilh�es", disse o diretor do Fundo Mundial contra a Aids, a Tuberculose e a Mal�ria, Michel Kazatchkine, em refer�ncia �s tr�s doen�as que mais matam nos pa�ses pobres.

A estreita rela��o entre a aids e a tuberculose � uma das maiores preocupa��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), que hoje revelou que 25% dos mortos por tuberculose, quase meio milh�o ao ano, estavam infectados com o v�rus HIV, o dobro do que se pensava at� agora.

"A integra��o dos tratamentos contra a aids e a tuberculose � o melhor modo de curar ambas as doen�as e de restaurar a dignidade das pessoas", defendeu Sidib�.

Al�m desta mortal combina��o de doen�as, a OMS constatou que a queda na incid�ncia da tuberculose � "extremamente lenta", de 1% ao ano.

"A este ritmo, s� a erradicaremos em v�rios mil�nios. Temos que acelerar o combate usando todo nosso armamento e apostando na inova��o", destacou o diretor do departamento de tuberculose da OMS, Mario Raviglione.

Outra tend�ncia perversa � a estagna��o da percentagem dos casos diagnosticados. Acredita-se que um ter�o das mortes por tuberculose n�o entram nas estat�sticas porque a done�a sequer � detectada.

A falta de experi�ncia de alguns m�dicos ou o abandono precoce do tratamento pelos pacientes est�o contribuindo para a multiplica��o da variante resistente da bact�ria causadora dadoen�a, que j� infectou 500 mil pessoas e � "muito mais dif�cil de tratar e muito mais letal", declarou Raviglione.

De acordo com o especialista, pelo menos 10% destes casos ainda evoluem para a variante "multirresistente", que resiste � maioria dos rem�dios atuais, motivo pelo qual os doentes passam a ter grandes chances de morrer.

Casos de tuberculose super-resistente j� foram detectados em 55 pa�ses, entre eles Brasil, Argentina, Col�mbia, Equador, M�xico e Peru e Espanha.

No entanto, tanto a Am�rica Latina como a Europa s�o regi�es que caminham bem para o alcance das metas da OMS. No outro extremo, por�m, est�o a �frica, as antigas rep�blicas sovi�ticas e o Sudeste Asi�tico.

O secret�rio-executivo da Associa��o Stop TB, Marcos Espinal, pediu confian�a nos avan�os cient�ficos, que prometem revolucionar o tratamento nos pr�ximos anos.

Espinal disse que v�rios laborat�rios est�o testando novos rem�dios que poderiam reduzir o tempo de tratamento de seis para quatro meses, e que, al�m disso, est� em desenvolvimento uma inovadora ferramenta de diagn�stico para a variante multirresistente aos medicamentos.

Mas a grande novidade vir� quando acabar o desenvolvimento de alguma das nove vacinas atualmente em fase de testes, que, segundo Espinal, poder�o ajudar na erradica��o definitiva da doen�a. EFE

Impacto da crise sobre pesquisas pode alastrar tuberculose, alerta ONU.

A ONU advertiu hoje que a tuberculose, doen�a que apesar de ter cura mata 1,75 milh�o de pessoas ao ano...


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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir