Categoria Economia  Noticia Atualizada em 31-03-2009

Superávit primário cai 66,3% no 1º bimestre de 2009
O superávit primário brasileiro caiu 66,3% no primeiro bimestre de 2009, em relação ao mesmo período de 2008, em consequência principalmente da crise global, informou hoje o Banco Central (BC).
Superávit primário cai 66,3% no 1º bimestre de 2009
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Rio de Janeiro, 31 mar (EFE).- O superávit primário brasileiro caiu 66,3% no primeiro bimestre de 2009, em relação ao mesmo período de 2008, em consequência principalmente da crise global, informou hoje o Banco Central (BC).

A receita nos dois primeiros meses do ano superou as despesas em R$ 9,295 bilhões, pouco mais do que um terço do superávit de R$ 27,62 bilhões do primeiro bimestre do ano passado.

O superávit primário é a diferença entre a receita e as despesas de todo o setor público brasileiro, incluindo Governo Federal, estados e prefeituras, além de empresas estatais, sem levar em conta os recursos destinados ao pagamento de juros de dívidas.

O Governo brasileiro manteve nos últimos anos uma política fiscal restritiva destinada a gerar uma elevada poupança para garantir o pagamento de suas obrigações.

A meta do Governo para 2009 é fechar o ano com um superávit fiscal primário equivalente a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), objetivo foi posto em risco devido à queda dessa poupança neste ano.

Enquanto nos dois primeiros meses de 2008, o superávit equivalia a 6,21% do PIB, no primeiro bimestre deste ano ele não chega a 2% do PIB.

Os porta-vozes do Banco Central atribuíram a forte queda do superávit primário aos efeitos da crise global sobre a economia brasileira, já que, além de reduzir a atividade econômica, o Estado sofreu com uma queda de sua receita.

O BC informou ainda que o déficit nominal das contas públicas brasileiras -saldo já levando em conta o destinado ao pagamento de juros de dívidas-, aumentou 1.519% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2008.

As despesas nos dois primeiros meses do ano incluindo o pagamento de juros superaram a receita pública em R$ 15,32 bilhões, o que equivale a 3,3% do PIB.

No primeiro bimestre do ano passado esse déficit havia sido de R$ 946 milhões, equivalente a 0,21% do PIB.

Em relação à dívida líquida do setor público, o BC informou que ela aumentou em fevereiro para R$ 1,091 trilhão, equivalente a 37% do Produto Interno Bruto, enquanto, em janeiro, correspondia a 36,9% do PIB.

O superávit primário em fevereiro foi de R$ 4,107 bilhões, 54% inferior ao do mesmo mês do ano passado e o pior resultado para este período desde 2005.

Essa redução se deve ao fato de as contas do Governo Federal terem sofrido, em fevereiro, um déficit primário de R$ 926 milhões, o primeiro resultado negativo neste mês desde que o indicador começou a ser medido, em 1997.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o déficit foi consequência do forte aumento das despesas do Governo nos primeiros meses do ano com suas medidas para fazer enfrentar crise global.

"Neste momento de crise, não é negativo aumentar as despesas. Alguns das despesas são maiores porque fazem parte de nossa programação para reduzir seu impacto", disse. EFE

Superávit primário brasileiro cai 66,3% no 1º bimestre de 2009

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir