Categoria Economia  Noticia Atualizada em 02-04-2009

Bolsa sobe 4,19% e atinge maior nível em seis meses
Bolsa sobe 4,19% e atinge maior nível em seis meses. Nos EUA, o Dow Jones avançou 2,79%, o S&P subiu 2,87% e Nasdaq avançou 3,29%
Bolsa sobe 4,19% e atinge maior nível em seis meses
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Bolsa sobe 4,19% e atinge maior nível em 6 meses
Nos EUA, o Dow Jones avançou 2,79%, o S&P subiu 2,87% e Nasdaq avançou 3,29%

SíO PAULO - As bolsas no mundo todo reagiram muito bem ao pacote de medidas anunciado nesta quinta-feira, 2, pelo G-20 em Londres. O anúncio de que serão liberados US$ 1,1 trilhão para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros órgãos multilaterais, os dados melhores do que os previstos divulgados ontem nos Estados Unidos e a aprovação de mudanças nas regras para marcação a mercado de ativos nos EUA resultaram numa forte procura por ações, o que gerou disparada nos índices acionários ao redor do globo.

Impulsionada por forte ingresso de recursos estrangeiros, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) avançou 4,19%, para 43.736,45 pontos, o maior patamar desde os 44.517,32 pontos de 3 de outubro de 2008 (há exatos seis meses). Na mínima do dia, tocou os 41.977 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 44.286 (+5,50%). Com o desempenho de hoje, em apenas dois pregões de abril a Bolsa já subiu 6,87%.



A volta dos estrangeiros hoje ficou mais nítida no giro da Bolsa. O total negociado somou R$ 5,890 bilhões, bem acima da média de 2009, de R$ 3,915 bilhões, de acordo com o site da BM&FBovespa.



A quinta-feira já amanheceu com a notícia de que o grupo dos 20 países irrigaria a economia com mais US$ 1 trilhão, mas esse número cresceu e muito ao longo do dia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, informou que a cifra total da ajuda é de US$ 5 trilhões, até 2010, além dos recursos do FMI.




Nos EUA, as bolsas subiram mais de 2%. O Dow Jones avançou 2,79%, aos 7.978,08 pontos, o S&P subiu 2,87%, aos 834,38 pontos, e Nasdaq avançou 3,29%, aos 1.602,63 pontos.



Dados



Os indicadores norte-americanos de hoje não foram exatamente bons (saíram os pedidos de auxílio-desemprego - +12 mil na semana terminada em 28 de março, ante expectativa de +3 mil - e as encomendas à indústria - subiram 1,8% em fevereiro, ante expectativa de alta de 1,9%), mas os investidores também não deram bola - os de ontem, melhores, é que foram citados neste dia de bom humor.



Na Europa, os ganhos também foram firmes, guiados pelo forte desempenho dos papéis do setor financeiro diante da expectativa de que o pior momento para a economia mundial já passou. Em Londres, o índice FTSE-100 ganhou 4,28%; na Bolsa de Paris, o CAC-40 teve alta de 5,37%; em Frankfurt, o índice Xetra-DAX avançou 6,07%; em Madri, o índice IBEX-35 teve alta de 4,69%.



Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) surpreendeu as previsões dos analistas e reduziu a taxa básica de juros em 0,25 pp, para 1,25%, ante apostas de 0,50 ponto porcentual. Segundo o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, "as pressões inflacionárias estão diminuindo". Ele sinalizou outro corte no juro pelo BCE e disse que novos meios não convencionais de aumentar a base monetária poderão vir em sua próxima reunião em maio.


A euforia global impulsionou também os preços das commodities, que fecharam com altas consideráveis e também acabaram por reforçar os ganhos da Bovespa. Vale ON terminou a sessão de hoje com variação de 6,57% nas ações ON e 6,10% nas PNA.



Petrobras ON subiu 4,92% e PN, 3,74%. O presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, disse ontem à noite que, se mantida durante os próximos meses a média de US$ 46 do preço do barril registrado no primeiro trimestre, a estatal teria um caixa maior para cumprir os investimentos previstos para este ano, de US$ 28,6 bilhões. Isso significaria uma redução de US$ 4,5 bilhões na necessidade total de captação prevista na casa dos US$ 18 bilhões. Na Nymex, o contrato do petróleo para maio avançou 8,78% e fechou cotado a US$ 52,64.

Bolsa sobe 4,19% e atinge maior nível em 6 meses
Nos EUA, o Dow Jones avançou 2,79%, o S&P subiu 2,87% e Nasdaq avançou 3,29%


Fonte: Claudia Violante, da Agência Estado
 
Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir