Categoria Economia  Noticia Atualizada em 05-05-2009

Bovespa supera pregão de oscilação e fecha em alta de 0,53% no dia
Mercado contrariou Wall Street, onde índices fecharam em baixa.
Bovespa supera pregão de oscilação e fecha em alta de 0,53% no dia
Foto: G1

Depois de um dia de oscilações entre perdas e ganhos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou os negócios desta terça-feira (5) com leve valorização, graças à atuação de investidores estrangeiros no mercado nacional.

Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa fechou em alta de 0,53%, aos 50.669 pontos. O giro financeiro seguiu elevado, passando de R$ 5,6 bilhões, ainda que mais baixo do que o registrado na véspera (R$ 7,2 bilhões), quando o Ibovespa superou 50 mil pontos pela primeira vez desde o fim de setembro.

Segundo o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger Martins, o que garante a força compradora do mercado brasileiro é o fluxo de recursos estrangeiros. "Não vejo nenhuma mudança de panorama macroeconômico. Mas não adianta nadar contra a maré", afirma.

Dados da própria Bovespa apontam que abril registrará o maior fluxo positivo de recursos externos em um ano. No acumulado do mês até o dia 29 de abril, o saldo de negociação direta do estrangeiro passava de R$ 3,53 bilhões. E pelo elevado volume agora no começo de maio, os não-residentes seguem comprando.

Ações

Compras no final do pregão determinaram o rumo da bolsa paulista. Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN subiu 1,42%, para R$ 32,08; Vale PNA recuou 0,78%, a R$ 32,89; Itaú Unibanco PN ganhou 2,46%, para R$ 32,85; BM&FBovespa ON caiu 1,88%, cotada a R$ 9,35; e Bradesco PN teve valorização de 2,53%, a R$ 29,10.

As ações do Itaú Unibanco tiveram alta apesar da divulgação de que o lucro da instituição caiu 27,7% no 1º trimestre de 2009.

Discurso de Bernanke

Os mercados repercutiram o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, que previu que a economia vai se recuperar mais para o fim do ano, mas somente depois de atingir o "fundo do poço".

Ele afirmou, porém, que o investimento das empresas segue fraco e que haverá mais cortes de emprego nos próximos meses. O mercado de trabalho norte-americano viu 5 milhões de empregos serem eliminados nos últimos 15 meses. E o problema ainda não foi resolvido.

"A informação mais recentente sobre o mercado de trabalho - o número de novos pedidos e renovações de seguro-desemprego - sugere que veremos novos cortes de vagas e aumento de desemprego nos próximos meses", ressaltou Bernanke.

O tom negativo por lá também é dado por notícia do "Wall Street Journal" de que 10 dos 19 bancos americanos que passaram pelo teste de estresse precisarão levantar mais dinheiro. Os resultados oficiais do testes feitos para medir a capacidade de funcionamento das instituições devem sair na quinta-feira (7).

Novos dados também foram divulgados sobre o setor de serviços. O indicador da atividade não-manufatureira ainda demonstrou retarção (ficando abaixo dos 50 pontos), mas subiu em abril, na comparação com maio.

Outros pregões

Em Wall Street, o pregão foi de realização de lucros diante do receio de novos dados negativos sobre a economia.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,19%, para 8.410 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,54%, para 1.754 pontos. O índice Standard & Poor s 500 teve desvalorização de 0,38%, para 903 pontos.

Na Europa, as bolsas terminaram o dia sem direção definida. Em Londres, o FTSE-100 fechou em alta de 2,21%.

As bolsas asiáticas encerraram a terça-feira com ganhos, acompanhando o sinal de melhora de indicadores dos Estados Unidos e China que animou os demais mercados na véspera Os investidores mostraram-se otimistas com a chance de recuperação da economia global. Hong Kong e Xangai subiram por volta de 0,3%.

(Com informações do Valor OnLine, da Reuters e da France Presse)

Bovespa supera pregão de oscilação e fecha em alta de 0,53% no dia
Mercado contrariou Wall Street, onde índices fecharam em baixa.
Volume elevado de negócios evidencia volta do investidor estrangeiro.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir