Categoria Politica  Noticia Atualizada em 13-05-2009

Veja a cronologia do caso Yeda Crusius no Rio Grande do Sul
Yeda Crusius, governadora do Rio Grande do Sul
Veja a cronologia do caso Yeda Crusius no Rio Grande do Sul
Foto: Marcos D Paula/AE

S�O PAULO - O PSDB no Rio Grande do Sul � acusado de uso de caixa 2 na campanha que elegeu a governadora Yeda Crusius em 2006. O marido da tucana, Carlos Crusius, � citado como um dos arrecadadores. As den�ncias partiram do PSOL, que diz ter provas das acusa��es e quer que o Minist�rio P�blico investigue o caso.

Reportagem da revista Veja desta semana informa que, Carlos Crusius, o marido da governadora na �poca da campanha eleitoral teria recebido, logo ap�s a elei��o de Yeda, a quantia de R$ 400 mil de duas fabricantes de cigarro.

O dinheiro teria sido utilizado no pagamento de contas pessoais do casal e na compra de uma casa em bairro nobre de Porto Alegre. A den�ncia, segundo a Veja, aparece em uma grava��o feita por Lair Ferst, antigo aliado tucano, parte fundamental na campanha de Yeda ao Piratini e r�u em processo sobre fraude milion�ria do Departamento Estadual de Tr�nsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS).

Veja as acusa��es contra o governo ga�cho:

Em novembro de 2007

Opera��o Rodin, da PF, aponta fraude de R$ 44 milh�es no Detran ga�cho. Entre os 14 presos, o empres�rio tucano Lair Ferst, ligado � c�pula da campanha que elegeu Yeda em 2006

Em fevereiro de 2008

Assembleia abre a CPI do Detran para investigar o esquema, que consistia na cobran�a de pre�os superfaturados por funda��es e empresas contratadas sem licita��o

Em abril de 2008

� CPI um delegado da Pol�cia Civil diz ter recebido a informa��o de que Lair Ferst teria pago R$ 400 mil do custo da casa adquirida por Yeda no fim de 2006. Segundo a tucana, casa foi comprada por R$ 750 mil. Yeda avisa que vai processar o presidente da CPI pela insinua��o de que sua casa teria sido paga parcialmente com sobras de campanha.

Em maio de 2008

Justi�a Federal abre processo contra 40 pessoas no caso das fraudes no Detran. Empres�rio Lair Ferst nega ter participado da campanha de Yeda.

Em maio de 2008

Ex-secret�rio de Seguran�a Enio Bacci afirma � CPI que governadora soube das irregularidades no Detran no in�cio de 2007 e nada fez. Governo nega.

Em junho de 2008

� divulgada conversa gravada pelo vice de Yeda, Paulo Afonso Feij� (DEM), na qual o chefe da Casa Civil, C�zar Busatto, admitia que partidos aliados eram financiados por �rg�os p�blicos. Grava��o provoca a queda de Busatto, do secret�rio-geral de governo, Delson Martini, e do chefe do escrit�rio do RS em Bras�lia, Marcelo Cavalcante.

Em junho de 2008

PSOL e PV protocolaram pedido de impeachment da governadora na Assembleia Legislativa sob acusa��o de improbidade administrativa

Em junho de 2008

Assembleia arquiva pedido de impeachment de Yeda

Em junho de 2008

Grava��es da CPI do Detran derrubam quatro da c�pula do governo de Yeda Crusius.
Uma das grava��es mostrou dois envolvidos na fraude que desviou R$ 44 milh�es da autarquia combinando um jeito de resolver um impasse entre empresas que prestavam servi�os superfaturados.
A segunda mostrou o chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, admitindo ao vice-governador Paulo Afonso Feij� (DEM) que partidos aliados do governo se financiavam em �rg�os p�blicos.

Em junho de 2008

Em entrevista ao Estado, governadora do Rio Grande do Sul negou acusa��es e disse que vice se uniu � oposi��o para tentar derrub�-la. "N�o � uma hecatombe s� para mim, � para todos", diz Yeda.

Em julho de 2008

PSOL e PV questionam, em representa��o por improbidade administrativa ao Minist�rio P�blico de Contas, a compra da casa de Yeda. Para os partidos, custo de R$ 750 mil n�o � compat�vel com os rendimentos de Yeda e do marido, Carlos Crusius, que � professor.

Em julho de 2008
Relat�rio final da CPI do Detran, aprovado por 9 votos a 3, n�o cita a governadora e isenta ex-secret�rios. O relator culpa as mesmas 40 pessoas que j� respondem a processo na Justi�a Federal

Em agosto de 2008

Um dos 40 a responder ao processo, Lair Ferst diz que pessoas "de dentro e de fora" da administra��o estadual tamb�m participaram ou souberam da fraude no Detran.

Em agosto de 2008

Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul recebe como den�ncia representa��o do Minist�rio P�blico Especial que recomenda averiguar a compra da casa da governadora. Advogado tenta explicar como Yeda adquiriu casa.

Em dezembro de 2008

O Minist�rio P�blico ga�cho arquiva representa��o contra a governadora Yeda que apontava poss�veis irregularidades na compra de sua casa

Em fevereiro de 2009

Corpo de Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda, � encontrado boiando no Lago Parano�, em Bras�lia

Em fevereiro de 2009

Em entrevista ao Estado, Yeda diz que "levantaram ofensas e acusa��es sem prova" contra ela.

Em fevereiro de 2009

PSOL acusa a governadora e seus ex-colaboradores de terem participado ou tomado conhecimento de caixa 2 na campanha eleitoral de 2006 e de usar recursos paralelos e superiores aos informados num contrato de aquisi��o da sua casa

Em maio de 2009

Segundo a revista Veja, em grava��es Marcelo Cavalcante admite ter coletado, ap�s a elei��o de 2006, R$ 200 mil de empresas. O dinheiro teria sido entregue ao marido da governadora.

Em maio de 2009

Oposi��o retoma coleta de assinaturas para abrir CPI sobre o governo Yeda.

Veja a cronologia do caso Yeda Crusius no Rio Grande do Sul.

O PSDB no Rio Grande do Sul � acusado de uso de caixa 2 na campanha que elegeu a governadora Yeda Crusius em 2006.


 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir