Categoria Politica  Noticia Atualizada em 09-06-2009

Eleições para Parlamento Europeu devem favorecer a direita
Sarkozy e Carla Bruni votam em Paris
Eleições para Parlamento Europeu devem favorecer a direita
Foto: Reuters

BRUXELAS - A Europa está inclinada para a direita nas eleições para o Parlamento Europeu deste domingo, 7, com eleitores em muitos países favorecendo partidos conservadores em reação à crise econômica.

Pesquisas de opinião mostraram esse direcionamento na Alemanha, Itália, França, Bélgica e nos demais países. Partidos de oposição conservadores estavam empatados ou a frente no Reino Unido e na Espanha, além de alguns países menores.

"É um paradoxo, realmente. Mostra quanto as forças de centro-esquerda estão divididas no momento", disse Jackie Davis, um analista do European Policy Centre em Bruxelas.

Eleitores do bloco de 27 nações estão escolhendo novos legisladores para preencherem as 736 cadeiras do Parlamento Europeu por um período de cinco anos. O Parlamento evoluiu nos últimos 50 anos de um órgão meramente consultivo para o centro que decide cerca de dois terços das leis do bloco.

Oito nações, incluindo o Reino Unido, a Irlanda e a Holanda, votaram durante os três dias que antecederam a votação deste domingo, 7. Os resultados devem sair ainda neste domingo.

Para muitos, essas eleições são a oportunidade de observar o sentimento político na região. As altas taxas de desemprego aumentaram a insatisfação dos eleitores em relação aos principais partidos nacionais e o ceticismo em relação à capacidade da Europa se recuperar da crise.

Pesquisas previram importantes ganhos de votos para a extrema direita e para outros partidos pequenos.

No Reino Unido, o Partido Trabalhista se prepara para um novo desastre nas eleições europeias da quinta-feira passada, cujo resultado sairá hoje e um destacado trabalhista defendeu publicamente a substituição do chefe de Governo, Gordon Brown, em benefício da unidade do partido.

Em declarações à BBC lorde Falconer, que ocupou no Governo de Tony Blair o cargo de lorde chanceler, título do ministro da Justiça, pediu um debate urgente sobre a liderança do partido.

Falconer, amigo íntimo de Blair, advertiu que, se o primeiro-ministro se negar a renunciar, há potenciais candidatos dispostos a apresentar uma candidatura rival. O ex-ministro afirmou que há excelentes políticos no gabinete de Brown e deixou claro que o problema é simplesmente o primeiro-ministro.

A crise começou com o escândalo do reembolso de gastos pessoais de parlamentares, detonado pela publicação de relatórios de despesas apresentadas por membros do governo e da oposição.

Sobre o Parlamento

Desde as primeiras eleições diretas similares, realizadas em 1979, os poderes do bloco europeu não pararam de crescer. Agora, mais de 375 milhões de pessoas dos 27 Estados-membros da UE poderão escolher, para mandato de cinco anos, seus 736 representantes. O Parlamento Europeu encarna a soberania popular em escala continental, embora seja ainda desconhecido para a grande maioria. Nos últimos anos, o poder e a influência dos eurodeputados cresceram constantemente, com sucessivos tratados e reformas apresentados.

O Parlamento Europeu tem sua sede oficial em Estrasburgo (França), cidade que durante séculos foi disputada de forma sangrenta por franceses e alemães. A Eurocâmara divide sua atividade também entre dois outros centros de trabalho, situados a várias centenas de quilômetros de Estrasburgo: Bruxelas e Luxemburgo.

Na cidade francesa é realizada a maior parte das sessões plenárias - pelo menos 12 ao ano. Em Bruxelas, se reúnem as comissões parlamentares e os chamados "miniplenários". E em Luxemburgo estão estabelecidos os serviços administrativos da instituição. O órgão trabalha nas 23 línguas oficiais da UE, com 800 a mil intérpretes sendo necessários para cada sessão plenária. Um terço das despesas totais do Parlamento tem relação direta com necessidades de tradução.

Na instituição, os deputados não se reúnem por nacionalidades, mas por afinidade ideológica. Atualmente existem sete grupos políticos no Parlamento Europeu, além dos deputados independentes. Os principais blocos são Partido Popular Europeu-Democratas Europeus (PPE-DE); Partido Socialista Europeu (PSE); Aliança Liberal-Democrata para a Europa (Alde); União para a Europa das Nações (UEN, de caráter soberanista); e Verdes-Aliança Livre Europeia (Verdes-ALE).

O Tratado de Lisboa ampliará ainda mais as áreas nas quais o Parlamento poderá legislar em pé de igualdade com o Conselho Europeu, instituição realmente decisória e composta por ministros e representantes dos 27 Governos que formam a UE. O novo tratado foi assinado em dezembro de 2007 mas ainda está pendente de ratificação.

Eleições para Parlamento Europeu devem favorecer a direita
Pesquisas de opinião mostram reação dos eleitores aos principais partidos nacionais e à crise econômica


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Fonte: http://www.estadao.com.br
 
Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir