Imagens difundidas na TV iraniana
Foto: AFP A televisão oficial do Irão transmitiu imagens, sem mostrar a cara dos participantes, mas referindo que representavam todas as camadas da sociedade. "Como vêem há todo o tipo de pessoas", disse um comentador numa emissão especial destinada à "marcha da unificação", que começou às 15:00 (11:30 em Lisboa).
Ao longo do programa, vários analistas vão falando do significado da concentração que deverá "pôr fim à conspiração e à insegurança" e frustrar "os planos dos inimigos", segundo o conselho de coordenação da propaganda islâmica que a convocou.
A manifestação foi anunciada de manhã, quando estava também anunciada uma nova manifestação de apoiantes do candidato presidencial Mir Hossein Mussavi, principal adversário de Mahmud Ahmadinejad.
No entanto, o candidato da oposição acabou por pedir aos seus apoiantes que fiquem em casa para evitar provocações e actos de violência.
Uma manifestação pró-Mussavi realizada segunda-feira, em Teerão, reuniu centenas de milhar de pessoas. No final, sete pessoas morreram depois de confrontos com elementos de uma milícia islâmica.
Jornalistas com acção limitada
Os jornalistas estrangeiros não foram autorizados a fazer a cobertura da manifestação desta tarde, tendo sido anunciadas novas restrições à sua actividade.
O Ministério de Guia e Orientação Islâmica iraniano anulou todas as permissões de trabalho de jornalistas estrangeiros e agências de notícias estrangeiras, advertindo que não podem acompanhar nenhum evento na rua que não conte com a autorização deste órgão.
Esta medida surge depois do grande impacto mediático internacional da manifestação pró-Mussavi de segunda-feira.
Milhares nas ruas de Teerão respondem a apelo do governo
Manifestação anunciada de manhã em resposta à realizada, segunda-feira, contra a reeleição de Mahmud Ahmadinejad, reuniu milhares de pessoas. Acção de jornalistas estrangeiros foi limitada.
Fonte: http://jn.sapo.pt
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