Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 18-06-2009

Islamitas reivindicam atentado que matou ministro na Somália
Insurgentes islamitas somalis em Mogadíscio
Islamitas reivindicam atentado que matou ministro na Somália
Foto: AFP

MOGADÍSCIO, Somália (AFP) — Os islamitas somalis conhecidos como "shebab" reivindicaram nesta quinta o atentado que matou o ministro da Segurança Interna e outras 19 pessoas na cidade de Beledweyne.

"Os combatientes dos shebab realizaram este ataque em Beledweyne; um dos mujahedines entrou com seu veículo carregado com explosivos em um edifício em que se encontravam o infiel e outros membros de seu grupo", afirmou um dos porta-vozes dos shebab, xeque Ali Mohamud Rage, durante coletiva de imprensa em Mogadíscio.

"Os infiéis foram eliminados", acrescentou.

O atentado suicida matou o ministro somali de Segurança Interna, Omar Hashi Aden, em Beledweyne (norte de Mogadíscio), e deixou pelo menos 20 mortos e 30 feridos, segundo um balanço divulgado pelas autoridades da cidade.

"O balanço chegou a 20 mortos, em sua maioria membros das forças de segurança que protegiam o ministro quando aconteceu o ataque", afirmou um líder tradicional, Abdi Sheik Guled, entrevistado por telefone pela AFP.

O ataque, que também matou o ex-embaixador da Somália na Etiópia, foi cometido por um terrorista que jogou seu carro-bomba contra o hotel Medina en Beledweyne (300 km ao norte de Mogadíscio).

O atentado aconteceu 24 horas depois de um dia particularmente violento, com 26 pessoas mortas, incluindo o chefe de polícia da região de Mogadíscio, em novos confrontos na capital somali.

Em 7 de maio os islamitas extremistas de Shehab e da milícia Hezb Al-Islamiya iniciaram uma ofensiva sem precedentes em Mogadíscio, o que motivou uma contraofensiva em 22 de maio da parte das forças leais ao presidente Sharif Sheik Ahmed.

Desde o início dos combates em maio, mais de 300 pessoas morreram, entre civis e combatentes.

Segundo a ONU, mais de 122.000 pessoas foram deslocadas na última onda de violência em um país afetado em uma guerra civil desde 1991.

Islamitas reivindicam atentado que matou ministro na Somália.

Insurgentes islamitas somalis em Mogadíscio.

Fonte: AFP
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir