Categoria Politica  Noticia Atualizada em 23-06-2009

Lula: não entendo predileção da imprensa por crise no Senado
Lula (centro), Sérgio Cabral (esq.) e Eduardo Paes (dir.) usam chapéus da Marinha durante lançamento de projeto
Lula: não entendo predileção da imprensa por crise no Senado
Foto: Reuters

DANIEL GONÇALVES

Durante o lançamento do modelo de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a atuação da imprensa no País. "Não consigo entender a predileção pela desgraça", falou Lula, que usou como exemplo que, em um momento de geração de empregos, as manchetes são focadas nas denúncias de atos secretos no Senado.

"Quando a gente liga uma televisão, abre um jornal o que está estampado é a desgraça", continuou o presidente durante o discurso.

Ainda se referindo ao Senado, o presidente afirmou depois da cerimônia que, enquanto não houver uma reforma política no País, os problemas vão continuar aparecendo. Segundo Lula, o povo brasileiro tem o poder pelo voto de mudar o cenário da política, se assim desejar.

"Se não houver reforma política, vai ser muito difícil que essas coisas não aconteçam", afirmou Lula "O Senado quando tem seus problemas, ele resolve. O governo federal, quando tem seus problemas, ele resolve. Não vamos fazer disso uma causa nacional, pois temos problemas mais importantes para resolver", disse.

Concessões
Lula ainda defendeu as concessões que, segundo o presidente, muitas vezes são a única opção disponível para a realização de obras. "Ou a gente faz a concessão ou fica mais 20 anos com um porto depredado", afirmou.

Máquina atrofiada
O presidente criticou a dificuldade para a realização de obras no Brasil. Segundo Lula, o último grande momento de investimento em infra-estrutura foi durante o governo Geisel, na ditadura militar.

"Nesses últimos 25 anos a gente conseguiu criar uma máquina poderosa de fiscalização e foi atrofiando a máquina de execução", disse.

Governadores
Lula também reclamou da atuação dos governadores anteriores do Rio de Janeiro, principalmente em relação à manutenção do patrimônio público. "É economia ou burrice (não restaurar os prédios públicos)?", questionou.

"Imaginem se, ao invés de consertar um buraco no teto, você ficasse trocando a cama de lugar? (...) foi assim a governança no Rio de Janeiro por muito tempo".

Lula: não entendo predileção da imprensa por crise no Senado.

Lula (centro), Sérgio Cabral (esq.) e Eduardo Paes (dir.) usam chapéus da Marinha durante lançamento de projeto.

Fonte: http://noticias.terra.com.br
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir