Categoria Economia  Noticia Atualizada em 30-06-2009

Mais de 10 mil capixabas já investem em ações
Mais de 10 mil capixabas já investem em ações - AÇÕES
Mais de 10 mil capixabas já investem em ações
Foto: meupedemeia

O mercado de ações vem atraindo cada vez mais capixabas para este tipo de investimento, considerado de risco, mas com rentabilidade, em alguns casos de ações, bem superior a outras aplicações. O Espírito Santo está em nono lugar em número de aplicadores no país e registra um crescimento de 60,3% no número de contas de novembro de 2007 a março de 2008.

Os dados são da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e se referem ao mês de março desse ano. O levantamento da Bovespa constatou, ainda, que as mulheres estão cada vez mais interessadas no mundo das ações e hoje já representam 24,11% dos investidores pessoa física da Bolsa. O total no país chega a 486.706 contas, ou pessoas físicas com aplicação na Bovespa.

Segundo o diretor presidente da Banestes Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), José Márcio Soares de Barros, o perfil dos aplicadores em ações vem mudando nos últimos anos, com participação cada vez maior das mulheres e dos jovens. "Mas, a maior parte dos que compram ações são homens entre os 40 e 60 anos", explica Barros.

Crescimento

O acesso ao mundo das ações e aos riscos constantes ficou mais fácil a partir do momento em que o próprio aplicador pode ser o "home broker", sistema de negociação de ações via internet. "Com esta facilidade estão sendo atraídas mais mulheres e muitos jovens. A diferença, no entanto, é que o jovem investe valores menores, o mesmo ocorrendo com as mulheres".

Isso ocorre, segundo Barros, porque os jovens ainda não tem dinheiro suficiente para fazer grandes aplicações e as mulheres são mais conservadoras na hora de aplicar seu dinheiro. Os investidores tradicionais, segundo ele, aplicam de forma diversificada para não arriscar todo seu dinheiro apenas no volátil mercado de ações. A recomendação dos corretores é para que o investidor diversifique suas aplicações para não perder tudo em apenas um dia de turbulência na Bolsa.

As mulheres são conservadoras e estão começando a aprender a atuar neste segmento de aplicação. "Sessenta por cento das cadernetas de poupança abertas no país são feitas pelas mulheres. Maioria também delas aplicam em fundos de previdência privada. Isso porque elas se preocupam mais com o futuro dos filhos e com estabilidade da família", disse o executivo.

Um indicador que mostra que muitos capixabas estão dispostos a correr riscos investindo em ações é o número de investidores. Em 2004, o Estado tinha 1,6 mil investidores; passou para 2,5 mil em 2005. Já em 2006, eram 4,3 mil aplicadores; em 2007 6,6 mil e, em 2008, até agora, já são 10,6 mil pessoas correndo atrás da rentabilidade obtida pelas grandes empresas, como Vale, Petrobras e outras.

Ranking

Estado / Nº de contas / R$ bilhões

SP / 222.109 / 48,76
RJ / 80.900 / 27,67
MG / 347 / 6,08
RS / 34.710 / 5,81
SC / 16.864 / 3,18
PR / 27.194 / 3,27
BA / 10.019 / 1,92
DF / 15.418 / 1,72
ES / 10.584 / 1,29
PE / 6.304 / 0,88

Perdas não assustam

O investidor pessoa física tem demonstrado sangue-frio neste momento de fortes perdas registradas na Bolsa de Valores de São Paulo, que acumula desvalorização de 11% apenas neste mês. O balanço de operações da Bolsa paulista mostra que o investidor pessoa física tem mantido e mesmo ampliado sua posição no mercado acionário neste momento de perdas consideráveis.

O saldo das operações feitas por essa categoria de investidores está positivo em R$ 3,73 bilhões no mês, até o dia 18. Ou seja, a pessoa física mais comprou do que vendeu ações neste período crítico vivido pelo mercado.

Já o investidor estrangeiro tem agido em sentido contrário, influenciando a queda da Bolsa. A categoria mais vendeu do que comprou ações no valor de R$ 6,39 bilhões no período. Como a categoria responde por cerca de 35% do total movimentado na Bovespa, a saída de capital externo acaba por ser um fator que prejudica consideravelmente o desempenho do mercado acionário doméstico.

O investidor institucional (como fundos de pensão), outra categoria de forte peso nas negociações da Bolsa, registra saldo positivo de R$S 2,28 bilhões em suas operações neste mês.


Proteção contra a inflação exige cuidados

Quem pretende se proteger da inflação no curto prazo e cogita aderir a fundos indexados a índices de preços ou comprar títulos corrigidos pelo IPCA no Tesouro Direto pode fazer um mau negócio. O motivo é que vários desses papéis e fundos tiveram retorno ruim, chegando a ficar negativos, e a perder dos fundos DI em longo prazo.

O problema é que os títulos do governo indexados ao IPCA - as NTN-B vendidas pelo Tesouro - são remunerados por um juro prefixado mais o índice de inflação. Com o recente aumento das taxas de juros, os papéis mais antigos e que embutiam uma taxa prefixada menor do que as atuais do mercado são vendidos com forte deságio. Em alguns casos, mesmo o ganho alto com a correção pelo IPCA não foi suficiente para cobrir as perdas de rentabilidade com a taxa prefixada.

Denise Zandonadi
[email protected] Playboy Sexy e Paparazzo CAPIXABA

Fonte: Site do Jornal A Gazeta
 
Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir