Categoria Trag�dia  Noticia Atualizada em 06-07-2009

Confrontos deixam 140 mortos no noroeste da China
Imagem obtida a partir de v�deo
Confrontos deixam 140 mortos no noroeste da China
Foto: AFP

URUMQI, China (AFP) � O governo da China anunciou nesta segunda-feira que pelo menos 140 pessoas morreram em dist�rbios provocados pelos mu�ulmanos uigures em Urumqi, a capital regional de Xinjiang (noroeste), nos atos de viol�ncia �tnica mais sangrentos no pa�s em d�cadas, e que para muitos se trata de um massacre cometido pelas tropas de Pequim.

As autoridades chinesas informaram que fariam todo o poss�vel para impedir a propaga��o dos dist�rbios e anunciaram um toque de recolher a partir das 20H00 locais (9H00 de Bras�lia), mas n�o explicaram se o mesmo envolve toda a cidade ou apenas os bairros dos dist�rbios.

"A situa��o ainda � muito complicada", disse Nur Bekri, presidente de Xinjiang.
"A regi�o adotar� todas as medidas para impedir que a situa��o se estenda a outras regi�es e para preservar a estabilidade regional, com um refor�o policial em Urumqi", completou.

Moradores da capital de Xinjiang, majoritariamente mu�ulmana, informaram que as autoridades cortaram os servi�os de internet e de telefonia celular em Urumqi.

O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a China di�logo e respeito aos direitos democr�ticos, como as liberdades de reuni�o e informa��o.

O primeiro-ministro brit�nico Gordon Brown pediu conten��o �s partes e que os problemas na regi�o sejam resolvidas por meio dialogo.

Milhares de pessoas participaram nas manifesta��es de domingo na capital regional. A ag�ncia oficial de not�cias Xinhua (Nova China) informou que o balan�o de mortes pode aumentar nas pr�ximas horas.

Mais de 800 pessoas ficaram feridas, segundo a ag�ncia.

Na �ltima nota divulgada, a Xinhua afirma que "as mortes pelos dist�rbios em Xinjiang chegam a 140 e seguem aumentando".
Fontes do governo local anunciaram que centenas de pessoas foram detidas por participa��o nos atos de viol�ncia.
O canal de televis�o estatal CCTV exibiu imagens dos confrontos que mostram civis ensanguentados. As imagens tamb�m mostram carros e �nibus em chamas.

Uma chinesa da etnia han declarou � AFP que 3.000 uigures protestaram no domingo na regi�o, alguns deles armados com peda�os de pau e facas.

O governo regional de Xinjiang informou que uma investiga��o inicial mostra que a viol�ncia foi organizada pelo separatista Congresso Mundial Uigur, dirigido por Rebiya Kadeer.

Os uigures exilados acusam as for�as de seguran�a chinesas de uma repress�o brutal, exagerada, para sufocar um protesto pac�fico de milhares de pessoas e afirmam que a pol�cia abriu fogo de modo indiscriminado.

Nesta segunda-feira, a pol�cia antidist�rbios e outras unidades de seguran�a, armadas com metralhadoras e usando escudos, patrulhavam Urumqi para evitar mais protestos.

V�rias �reas do bairro mu�ulmano da capital regional estavam fechados pela pol�cia.

Os protestos lembram os que explodiram em mar�o de 2008 no Tibete, quando os tibetanos atacaram em Lhasa membros da etnia han em protesto pela repress�o chinesa.

A maioria dos 8,3 milh�es de uigures, mu�ulmanos de l�ngua turca - acusados por Pequim de organizar uma luta separatista violenta na regi�o aut�noma de Xinjiang -, afirmam que sofrem uma persegui��o pol�tica, cultural e religiosa.

Assim como no Tibete, tamb�m reclamam que os habitantes da etnia han se instalaram em Xinjiang e passaram a dominar a vida pol�tica e econ�mica da regi�o.

A regi�o de 20 milh�es de habitantes tem 47 etnias. Os han passaram de 6% da popula��o a 40% dos habitantes com a pol�tica de desenvolvimento estimulada por Pequim nos anos 1990. A regi�o, �rida e pobre, abriga a bacia de Tarim, a principal reserva de combust�veis do pa�s.

Alim Seytoff, secret�rio-geral da Associa��o Uigur dos Estados Unidos, culpou as autoridades chinesas pela viol�ncia.

Seytoff afirmou que estudantes uigures estavam em uma manifesta��o pac�fica contra a pris�o de pessoas suspeitas de envolvimento em um epis�dio de car�ter �tnico que terminou com morte de dois uigures, m�s passado, em uma f�brica do sul da China.

Segundo testemunhas em Urumqi, a manifesta��o come�ou de modo pac�fico e rapidamente passou � viol�ncia.

O ano de 2009 marca os 60 anos da liberta��o pac�fica da regi�o pelas tropas da China, na vis�o oficial de Pequim

Confrontos deixam 140 mortos no noroeste da China.

Imagem obtida a partir de v�deo.

Fonte: AFP
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir