Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-07-2009

�A Opera��o Satiagraha � uma fraude, a den�ncia foi apresentada para justificar as buscas e apreens�es e as pris�es ilegais�

Foto: AE

"A Opera��o Satiagraha � uma fraude, a den�ncia foi apresentada para justificar as buscas e apreens�es e as pris�es ilegais", declarou o criminalista Andrei Zenkner Schmidt, defensor do banqueiro Daniel Dantas, que, assim como mais 13 pessoas, foi denunciado ontem por forma��o de quadrilha e organiza��o criminosa; gest�o fraudulenta; gest�o temer�ria; evas�o de divisas; e lavagem de dinheiro. Segundo o advogado, a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF) "traz acusa��es infundadas".

De acordo com a procuradoria, o banco Opportunity facilitava opera��es de lavagem porque n�o cumpria regras do Banco Central (BC), o que configuraria gest�o temer�ria. Dessa forma, sem os controles, o grupo mantinha investidores brasileiros que supostamente aplicavam seu dinheiro no Opportunity Fund, com sede nas Ilhas Cayman, engenharia classificada como evas�o de divisas.

Schmidt afirma que o Opportunity Fund "opera sob a mais r�gida legalidade, sob a regular fiscaliza��o dos �rg�os competentes". Ele sustenta que a estrutura do fundo "� id�ntica � dos outros fundos offshore que aplicam no Brasil, como, por exemplo, o BB Fund (fundo do Banco do Brasil)". "O Opportunity jamais propiciou a evas�o de divisas de investidores", disse o advogado. "Al�m de absurda, � juridicamente invi�vel a acusa��o de gest�o fraudulenta, na medida em que essa pr�tica, segundo a den�ncia, estaria atrelada � Brasil Telecom, que n�o � institui��o financeira."

Ainda segundo a den�ncia, a Brasil Telecom era usada para alimentar empresas de publicidade de Marcos Val�rio, no esquema conhecido como "valerioduto", que resultaria em pagamento de propina a parlamentares - o mensal�o. Todos os acusados estariam envolvidos, de alguma forma, com atividades il�citas na BrT.

Schmidt afirma que "n�o h� envolvimento do Opportunity com o mensal�o, conforme j� reconhecido pelo Judici�rio". "Fere o senso comum que o governo negue a exist�ncia do mensal�o e, ao mesmo tempo, como ocorreu na CPI (Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito), acuse Daniel Dantas de estar envolvido com o esquema. O governo persegue Dantas e, conjuntamente, acusa-o de financi�-lo", diz o advogado. Segundo ele, "n�o houve fraude alguma na administra��o da Brasil Telecom".

Greenhalgh

Autor da den�ncia, o procurador Rodrigo De Grandis pediu ainda que seja aprofundada a participa��o do ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh na organiza��o. "N�o h� nada em minha atua��o como advogado do Opportunity que possa me macular. Fui contratado para assisti-lo como advogado, atividade que exer�o h� mais de 30 anos", afirma o ex-parlamentar. "Atuei na defesa de meu cliente nos estritos marcos da legalidade e da �tica profissional. Entendo que a cita��o ao meu nome constitui repres�lia porque descobri a a��o ilegal da Abin no caso. A viola��o �s prerrogativas do advogado � inadmiss�vel em um Estado Democr�tico de Direito."

O advogado Jos� Luiz de Oliveira Lima diz que o lobista Roberto Amaral, "durante mais de 30 anos um dos mais destacados e respeitados empres�rios desse Pa�s, efetivamente prestou consultoria a Dantas, dentro da mais absoluta legalidade". Amaral era, de acordo com a den�ncia, a ponte entre Dantas e pol�ticos. Para o advogado, a den�ncia "� pe�a de fic��o". "� inadmiss�vel a afirma��o da espetaculosa den�ncia de que dr. Roberto Amaral fa�a parte de organiza��o criminosa. Um homem com sua hist�ria jamais integraria tal situa��o." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

'Satiagraha � uma fraude', diz defesa de Dantas

Fonte: G1
 
Por:  Robson Souza Santos    |      Imprimir