Categoria Incêndio  Noticia Atualizada em 20-07-2009

Moradores relatam momentos de pânico em incêndio no Centro d
Fumaça, cheiro de queimado e gritos alertaram condôminos. Duas pessoas morreram ao se jogar de prédio em chamas.
Moradores relatam momentos de pânico em incêndio no Centro d
Foto: Agência Estado

Moradores de um prédio localizado na Rua Barão de Campinas, no Centro de São Paulo, relataram momentos de pânico por conta de um incêndio ocorrido no início da tarde desta segunda-feira (20). Duas pessoas morreram ao se jogar do edifício. As chamas foram controladas por equipes do Corpo de Bombeiros.

Gritos, fumaça e um forte cheiro de queimado alertaram os condôminos. A doceira Cleusa Faria de Campos, de 38 anos, estava distraída em seu apartamento no 5º andar quando, por volta das 12h30, ouviu o faxineiro do prédio gritar. "Ele nos alertou. Quando reparei, liguei na hora para os bombeiros", disse. Cinco minutos depois, caminhões da corporação chegavam ao local.

Assustada, a doceira pegou a filha de 13 anos pela mão e correu em direção às escadas. Antes de sair do apartamento, a filha pegou no colo seu cão poodle. "Salvei meu cachorrinho", comentava, sorrindo, a jovem Karina. Enquanto as duas desciam as escadas, a balconista Clemilda Ferreira da Silva, de 28 anos, terminava de trocar a fralda de seu filho de dois meses. Do terceiro andar, onde mora, só tomou conhecimento do incêndio ao ouvir o som de janelas e vidros se quebrando. "Na hora, enrolei o menino em um cobertor e saí correndo", lembrou.

Ao chegar à rua, vestida com o pijama que dormiu na noite anterior, correu para o bar onde trabalha, na Rua João Monteiro. Lá, encontrou o marido, o também balconista Elivan Ferreira, de 31 anos. Mais calma, Clemilda contou, logo após o incêndio ser controlado, no que pensava quando estava no apartamento. "Pensava em coisas ruins e no meu filho", revelou.

O marido dela foi autorizado pelos bombeiros a subir em seu apartamento e pegar pertences. "Está bem estragado o prédio, está tudo molhado", disse, referindo-se à água usada pelos bombeiros no combate ao fogo.
Vizinha

Ao ouvir gritos de socorro vindos do prédio ao lado, a manicure Zirlane Miranda, de 28 anos, correu para a rua onde acontecia o incêndio. "Fiquei muito preocupada com minhas amigas que moram naquele prédio", disse. Após caminhar por mais de duas horas pela região - que estava repleta de curiosos, moradores, jornalistas e bombeiros -, a mulher encontrou sua amiga Lenilde Cavalcanti Vilar, de 46 anos. "Nossa, finalmente te encontrei", gritou, emocionada, a manicure. "Só pensei no pior, estava muito preocupada", acrescentou.

Feliz por ter saído ilesa, a babá Lenilde, que mora no 1º andar, conversava com as quatro crianças que cuidava no momento do incêndio e com sua mãe. Questionada sobre o caso, a aposentada Inácia Cavalcanti, de 66 anos, afirmou, com a voz embargada e lágrimas nos olhos: "passamos por um grande susto".

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Fonte: G1
 
Por:  Robson Souza Santos    |      Imprimir