Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 18-08-2009

INSTINTO ANIMAL
E at� onde n�s podemos julgar esse ato?
INSTINTO ANIMAL
Foto: Hudson Giovanni

Ao observarmos o comportamento humano, como artistas, n�o nos foge em nenhum segundo o quanto de arte existe em cada palavra e gesticula��o. Ao comercializar seus produtos, um vendedor usa das mais puras t�cnicas de improviso de Brecht e de nossa Maria Adelaide Amaral. Mas seu desejo que a venda seja confirmada n�o nos foge de pensar e at� mesmo relacionar aos animais.

Como artistas sempre ficam a observar cada passo e gesticula��o de todos em nossa volta. No ultimo s�bado fui a uma festinha regional aqui em nossa cidade, Dores do Rio Preto, na Serra do Capara�, e ao meio de risos e muitos copos brindando � noite, me caiu � ficha do quanto somos parecidos com os bichos.

Pode parecer muito, feio, estarmos comparamos "homens com animais", por�m seus comportamentos se assemelhar muito aos nossos, ou os nossos aos deles.

Um rapaz para impor sua autoridade e masculinidade � praticamente demonstrando que � o "macho dominante" � torna-se tal qual um feroz le�o rei absoluto da savana. Mas como � s� uma cena, logo a f�mea, que gra�as aos estudos de nossos bi�logos, podermos saber que como na natureza, � a f�mea quem d� o ultimo "rugido".

Uma mulher ao se arrumar e se enfeitar para uma festa, um casamento, usa de sua criatividade para ficar o mais bela poss�vel, como um lindo pav�o que exp�e suas plumagens para atrair seus parceiros.

Em uma briga de um casal, o marido, errado, coloca-se na situa��o de v�tima, com aquele olhar de gatinho abandonado, o que sempre acaba derretendo o cora��o de sua esposa.

Um pol�tico se comporta perante seus eleitores como um gracioso cisne em v�os suaves em suas palavras para melhor dizer sobre suas inten��es de desenvolvimento.

E claro, um psicopata � um feroz predador que usa das mais terr�veis t�cnicas de ca�ador ass�duo que � para abater sua presa. E n�o podemos nos esquecer de n�s, seres humanos politicamente corretos, que jamais teriam coragem de impor uma arma contra nossos irm�os, por�m se nos sentirmos amea�ados � nosso instinto animal de sobreviv�ncia que ira falar por n�s.

Um pai de fam�lia que v� seus filhos famintos, sua esposa gr�vida, e os arm�rios vazios, ele desempregado, sem uma fonte de renda, � o instinto animal que fala mais alto. � preciso alimentar suas crias. E ele num ato impens�vel e instintivo, assalta um supermercado, ou pior, um cidad�o na rua.


E at� onde n�s podemos julgar esse ato?

Para defender um familiar, um amigo, ou pelo ci�me de nosso (a) parceiro (a), agredimos, brigamos nos ferimos e machucamos. Por defesa? Ou seria o instinto animal. Pois o que a sociedade e a educa��o sempre nos ensinaram, � que atrav�s da civilizada conversa tudo se resolve.

Convivemos com as mais venenosas e perigosas cobras e lagartos, as mais vis e cru�is raposas felpudas na politicagem de nosso pa�s, sem deixar de mencionar os mais perigosos lobos vestidos de cordeiro.

� preciso ter olhos de �guia e sabedoria de uma velha coruja.
Mas o ponto de vista da Arte sempre tem uma sa�da para esses acontecimentos.

O povo C�ltico sempre foi conhecido por ser, mesmo h� tantos mil�s anos atr�s, por suas tecnologias avan�adas e conhecimento profundo na matem�tica, f�sica, qu�mica e arte.

Hoje o que conhecemos com halloween (a festa das Bruxas) na verdade � s� no Hemisf�rio Norte, j� que o Calend�rio Celta segue as esta��es do Ano.

Aqui no Hemisf�rio Sul Seria a Noite de Sanhain (Samhaim (em irland�s Samhain, ga�lico escoc�s Samhuinn, man�s Sauin, e em gaul�s Samonios) era o festival em que se comemorava a passagem do ano dos celtas). Os Mestres Celtas e Druidas instru�am as crian�as a se vestirem com peles e plumas de amimais sagrados. Se a crian�a queria a pureza das fadas, vestia-se de fada, a ast�cia de uma raposa, usava as peles de raposa. E assim por diante.

O Culto C�ltico ao sagrado da natureza � uma das religi�es que mais usavam o Animal como for�a de chegar aos seus Deuses.
Desde aquela �poca, j� era visto que n�s humanos, somos apenas os jardineiros e guardi�es da M�e Terra, por isso, cabia a n�s zelar por eles, j� que nos foi dado o dom do pensamento para sermos seus protetores, mas em momento algum deixamos de fazer parte do Ecossistema.

� muita petul�ncia de nossa parte nos colocar t�o acima de nossos irm�os, filhos da mesma M�e Terra.
Vamos rever nossos valores, nos colocarmos diante dos c�us e cumprir com nossa miss�o.

A Luz da Arte nos far� tornamos mais sens�veis aos nossos pequeninos irm�o. E vamos come�ar a fazer uso dos mais belos e gentis, dos mais sens�veis animais, para que assim, nosso comportamento perante nossos pr�ximos seja cada vez melhor.

Hudson Giovanni


    Fonte: O autor
 
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