Tudo bem que nem todas as pessoas têm disponibilidade para as ações voluntárias, mas vamos respeitar as que realmente têm, porque, sim, pasmem, para os que não sabem, elas existem. E acreditem que algumas pessoas fazem isso por puro e simples prazer em ajudar a uma causa, porque elas querem fazer algo útil, exercer o seu papel de cidadãs, zelar pelo coletivo e exercitar as suas potencialidades. Sei que é complicado falar em "dons", mas assim como alguns têm facilidade para a música, outros desenvolvem habilidades para comércio e negociações. Uns têm forte tendência para o esporte, outros gostam de mergulhar nos livros, e outros nascem com apreço pela solidariedade. Somos todos diferentes mas, na nossa diversidade, ilustramos o mundo com a nossa integração multivocacional. O que devemos para o mundo é viver em plenitude, e isso cada um faz a seu modo. Para as pessoas que dividem o mundo conosco, devemos respeito. Vamos respeitá-las então. Certo?
Estou envolvida com um projeto sócio-ambiental, algo que, na minha opinião é bárbaro, porque confere, a todos os envolvidos, a oportunidade da fazer uma ação positiva, que ajude a minimizar algumas ações de agressão ao meio ambiente, em uma comunidade, onde queremos beneficiar a qualidade de vida da população.
Na tentativa de divulgar o projeto, conversei com algumas pessoas, e me surpreendi com o pensamento de derrotismo que alguns demonstraram ter. Ouvi coisas como: "não mexe com isso, porque é uma causa muito difícil, ou é impossível". A minha resposta é que nada é impossível, senão a morte. Se fosse fácil, provavelmente não precisaria da nossa intervenção, mas sim, é difícil, a gente sabe. O nosso pensamento vai além, e a gente pensa que, já que tem que ser feito, que comecemos agora. Se só conseguirmos plantar a sementinha, já estaremos felizes com a nossa tentativa. Mas queremos mais. Queremos pessoas torcendo a favor, porque, nadando todos juntos, venceremos a força da correnteza em prol do bem comum.
Deixo aqui registrado o meu respeito às iniciativas nobres de causa e puras de coração. Eu bato na tecla da imparcialidade e da isenção de interesses individuais em ações que buscam o benefício de um grupo social. Cada um sabe de si, e de suas verdadeiras intenções, mas sei que muitas pessoas, batalhando juntas pelo mesmo ideal, têm mais condição de torná-lo realidade.
O pensamento ético nos mostra que os fins não justificam os meios, e que temos que nos policiar para não deixarmos o nosso egoísmo sobressair aos nossos valores. Sabemos que a filosofia do interesse como norteador das relações não é algo novo, até porque a história formal do nosso país começou uma colonização áspera e sanguinária, mas já devíamos ter ajustado os nossos ponteiros à realidade que temos hoje. Somos um país em vias de desenvolvimento e precisamos unir esforços para as causas sociais.
A frase é batida, mas ilustra com humanidade: "sozinho você vai mais rápido, mas junto você vai mais longe", e acho que não é por acaso.
Fonte: O Autor
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