Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 03-09-2009

DEVE TER UMA CABEÇA DE BODE ENTERRADA NA PREFEITURA DE CACHOEIRO
Desde a penúltima eleição que o povo cachoeirense opta por propostas adversárias a do governo da ocasião.
DEVE TER UMA CABEÇA DE BODE ENTERRADA NA PREFEITURA DE CACHOEIRO

Parece brincadeira, mas o povo cachoeirense por duas vezes seguidas apontou nitidamente aos políticos de lá a direção que estes (o povo) esperavam que tais políticos seguissem, mas, ao que tudo indica, os políticos de Cachoeiro não conseguem escutar ou enxergar os sinais emitidos pelo povo de lá.

Parece óbvio que o povo da capital secreta deseja andar para frente, para o futuro. Não querem e não desejam andar de lado, num andar peculiar a caranguejos. Parece óbvio que não desejam andar para trás, percorrendo um caminho que permeie o retorno a políticas arcaicas, as que eram tocadas aos moldes coronealistas do início do século XIX; políticas que se sustentavam na penúria do povo e através dessas prevaleciam os intentos governistas.

Desde a penúltima eleição que o povo cachoeirense opta por propostas adversárias a do governo da ocasião.

Foi assim, com um discurso oposicionista que Valadão conseguiu retornar a prefeitura. Foi levantando o discurso e a bandeira da modernização que Valadão retornou a vida política. Porém, ao sair, em vez de ter um mandato marcado pela modernidade, saiu sob o holofote de notícias de processos de improbidade administrativa que tiveram direito até a cenas com participação da Polícia Federal.

Agora temos um novo prefeito na cidade. Dessa vez o prefeito é um petista de carteirinha e rival histórico do Clan Ferraço, me refiro a Casteglione, que por sinal também se elegeu sob a bandeira da renovação e da modernização.

Porém, contrariando todo um histórico discurso, recentemente subiu em um palanque especialmente montado em Cachoeiro, para lá de cima anunciar para seu povo, dividido entre perplexo e espantado, seu apoio público à candidatura de Ricardo Ferraço a governo do Estado.

Não bastasse a incoerência do ato em si, uma vez que tal anunciante passou toda sua vida política afirmando ser adversário político do anunciado, a coisa (ou fato, como achar melhor) se torna ainda mais incoerente quando recentemente o partido do pai do anunciado conseguiu na justiça eleitoral vingar um pedido de investigação judicial que pretende em última instância tirar do cargo (da prefeitura) o anunciante do apoio ao anunciado. Entendeu? Nem eu!!!

É impressionante como o povo está querendo algo novo em Cachoeiro e os políticos de lá não conseguem ouvir e atender tal clamor. É erro atrás de erro. Nas ruas o tal palanque é apelidado de palanque do Bilhão, numa apologia ao fato de quem não subir nele (declarar seu apoio) não teria direito as benesses do palanque.

Do outro lado da rua, no mercado político, é comum ouvir de várias lideranças que o campeonato está apenas começando e que no decorrer das partidas novos integrantes irão surgir, daí mudando o cenário até então posto. Só que tais lideranças esquecem que o "povo" não participa do campeonato na condição de atleta, sendo o "povo" participante como platéia e assim assistindo a tudo da arquibancada.

Dessa forma, o que os articulistas políticos se esquecem é que ao contrário do ditado popular, o "povo" não tem memória curta. Mas o ruim de tudo isso é que o que sobra é para análise é sempre pelo aspecto negativo, pois com tanto erro, o "povo", acaba por ter que realizar suas comparações políticas tendo como balizamento níveis tão baixo, o que é muito ruim para o próprio "povo".

Pensando bem, dá para entender sim toda essa panacéia. Pobre povo de Cachoeiro, isso tudo é porque deve ter uma cabeça de bode enterrada no subsolo da Prefeitura de lá, pois só assim para explicar tudo isso.


    Fonte: O autor
 
Por:  Renato Alves    |      Imprimir