Categoria Economia  Noticia Atualizada em 21-10-2009

Transplante de órgãos ganha novas regras e promessa de maior

Transplante de órgãos ganha novas regras e promessa de maior
Foto: http://images.google.com

Os cerca de 63 mil pacientes que esperam na fila de transplante de órgãos no Brasil vão ganhar benefícios e incentivos, a partir do novo regulamento do Sistema Nacional de Transplantes, divulgado nesta quarta (21). O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 24,1 milhões e também novas regras para estimular a realização de transplantes no país.

Um novo sistema informatizado, com o objetivo de tornar a lista de espera mais transparente, vai possibilitar que os pacientes consultem sua colocação através de um site, que deve entrar no ar até o fim do ano.

Outra mudança é o valor pago à equipe envolvida nos procedimentos de captação dos órgãos, que vai dobrar. A retirada de um coração por exemplo, que tinha um custo de R$ 585, passará a ter uma verba de R$ 1.170. Entre as novas ações, estão a entrevista com a família do doador e a manutenção dos prováveis doadores.

"Temos dois desafios principais. Um é sensibilizar a sociedade a ser um doador potencial. O outro é ampliar a captação de órgãos e, portanto, a realização de transplantes", afirmou o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Novas regras

A partir de agora, pessoas com menos de 18 anos passam a ter prioridade para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária. Segundo o ministro, isso se dá devido à maior expectativa de vida desses pacientes.

O ministério também pretende incorporar ao trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) a cirurgia de retirada e o processamento de pele, que é uma ação inédita no Brasil. De acordo com o Ministério, o transplante de pele é indicado para tratar de grandes queimaduras.

Outra alteração nas normas é que, a partir de agora, doadores que tenham alguma doença transmissível podem doar para pacientes que tenham o mesmo vírus. Segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Rosana Nothen, a meta é ampliar o número de doadores potenciais:

"A morte encefálica é cada vez mais rara, porque as pessoas se cuidam mais, então temos que conviver com a questão da escassez. Assim sendo, temos que otimizar os procedimentos. Por isso a doação de pessoas com o mesmo vírus", explicou.

Dessa forma, órgãos de um doador que tenha hepatite C, por exemplo, agora já podem ser transplantados em um paciente que também seja portador da mesma doença.

O transplante entre pessoas vivas também sofreu modificações. Antes era preciso autorização judicial. Com o novo regulamento, uma comissão de ética formada por funcionários do hospital onde será realizado o procedimento é que vai autorizar o transplante.


    Fonte: http://gazetaonline.globo.com
 
Por:  CDL Marataízes e Itapemirim    |      Imprimir