Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-11-2009

Autor do massacre na base do Texas teria elo com religioso favorável à al-Qaeda
Suposta ligação foi descoberta pelo "Washington Post".Imprensa dos EUA segue especulando sobre ataque que matou 13.
Autor do massacre na base do Texas teria elo com religioso favorável à al-Qaeda
Foto: AP

Nidal Malik Hasan, o militar de origem muçulmana e autor do massacre na base americana de Fort Hood (Texas) que causou a morte de 13 pessoass, pode ter mantido vínculos com um imã que apoia a rede terrorista da al-Qaeda, informou nesta segunda-feira (9) o jornal "The Washington Post".

A matéria afirma que os investigadores analisam possíveis vínculos entre o autor do tiroteio de quinta-feira passada e um sacerdote muçulmano nascido nos Estados Unidos, que as autoridades apresentam como um fervoroso simpatizante daaAl-Qaeda, e a quem Hassn teria conhecido na mesquita de Virgínia, onde orava.

Hasan frequentava em 2001 a mesquita Dar al-Hijrah de Falls Chruch, nos subúrbios de Washington, assim como o imã Anwar al-Aulaqui. Este último teria mantido vínculos com chefes da al-Qaeda, entre eles dois terroristas do 11 de setembro de 2001, segundo um alto funcinário americano.

Desde que o imã abandonou os Estados Unidos em 2002 com direção ao Iêmen, suas pregações pró-al-Qaeda apareceram nos computadors de vários suspeitos em casos de terrorismo nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Segundo o jornal, a natureza dos supostos vínculos entre os dois homens ainda não está clara.

Na véspera, o jornal "New York Times", no entanto, publicou uma matéria afirmando que o psiquiatra militar não fazia parte de um grupo terrorista.

Ao contrário, os investigadores que falaram para o jornal que acreditam que o comandante Hasan agiu sozinho.

Mas o "Times" assinala que a polícia não descarta a possibilidade de que o atirador tivesse a idéia de cometer suicídio após o ataque.

Uma análise completa do computador do atirador revelou que ele consultou vários sites de Tribunais Islâmicos e que trocou e-mails com indivíduos com influências radicais, disse o jornal.

Hasan também teria escritos panfletos em favor dos atentados suicidas, em uma suspeita que o NYT diz não ter confirmado ainda.

Já o presidente da comissão de Segurança Interna do Senado americano, Joe Lieberman, disse neste final de semana existirem indícios de o militar havia se tornado um "extremista islâmico".

Lieberman, ex-candidato democrata à vice-presidência, destacou que ainda é muito cedo para definir os motivos que levaram o oficial médico Nidal Hasan a matar 13 pessoas e ferir outras cinco na última quinta-feira, mas que há pistas que apontam para um ato terrorista.

"Há sinais de alerta muito, muito fortes de que o doutor Hasan se transformou em um extremista islâmico - e, por consequência, que se tratou de um ato terrorista", disse Lieberman à rede de televisão Fox News.

"É claro que, um, ele estava sob estresse pessoal, e dois, se os relatórios que estamos recebendo de várias declarações que fez e atos que protagonizou forem válidos, ele havia se tornado um extremista islâmico", explicou.

"Se isso estiver certo, o assassinato dessas 13 pessoas foi um ato terrorista", acrescentou.

Nidal Hasan Malik, de 39 anos, permanece internado em um estabelecimento militar. Os investigadores não afirmaram se eles tiveram a oportunidade de interrogá-lo.


Fonte:

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Por:  Catarina Rezende de Carvalho    |      Imprimir