Categoria Politica  Noticia Atualizada em 20-11-2009

Dez meses após assumir a presidência, Obama enfrenta "crise" de popularidade
Índice de aprovação do presidente caiu a menos de 50%.Falta de ações concretas do governo pode ser causa da tendência.
Dez meses após assumir a presidência, Obama enfrenta
Foto: AFP

Em menos de um ano, boa parte da euforia política norte-americana deu lugar à frustração. Há dez meses, em 20 de janeiro, Barack Hussein Obama assumia a Presidência dos Estados Unidos espalhando um clima de festa e esperança entre a população. Ele substituía George W. Bush, que fez um dos governos mais mal avaliados da história do país, e chegava ao poder com índices de aprovação impressionantes. Ao se aproximar de um ano do seu primeiro mandato, Obama continua popular, mas já não tem mais o mesmo apelo, e pouco do seu discurso por "mudança" se concretizou.

A aprovação de Obama mudou de perfil ao longo dos dez meses do seu governo. Depois de assumir com apoio de quase 70% da população do país, o presidente estacionou próximo dos 50%, com algumas pesquisas mostrando índices ainda piores. A queda na aprovação foi acompanhada do aumento da avaliação negativa do seu governo. Antes com números insignificantes, a rejeição já se aproxima dos 50%. Alguns institutos chegam a apontar que ele tem mais rejeição de que apoio.

Pouco mais de um ano após sua vitória nas eleições de novembro de 2008, Obama tem em suas mãos duas guerras abertas, crise econômica e uma série de conflitos políticos para tentar implementar reformas propostas por seu governo. A popularidade inicial era impulsionada pela promessa de fechar no prazo de um ano a prisão de Guantánamo, propiciar um acordo de paz para o Oriente Médio, assim como seus anúncios de que um plano de estímulo conseguiria tirar o país da recessão. Mas essas promessas parecem ter sido mais difíceis de cumprir do que o líder pensava.

Sucesso

Se não consegue manter sua aprovação interna em níveis tão altos quanto no começo do governo, Obama se mantêm forte internacionalmente. O principal reflexo disso pode ser o fato de que o presidente norte-americano ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2009, antes mesmo de alcançar bons resultados na área. A premiação demonstrou que a opinião pública global ainda confia que Obama fará um governo mais pacífico de que o de seu antecessor.

O presidente acrescentou um outro título a sua lista já longa de troféus: foi nomeado a pessoa mais poderosa do mundo em um ranking inaugural feito pela revista "Forbes". A popularidade de Obama favoreceu a imagem do país diante do mundo, segundo várias pesquisas. A "Forbes" disse que, na compilação do ranking inaugural, reduziu a lista preliminar para 67 pessoas, "número baseado no conceito de que é possível reduzir os 6,7 bilhões de pessoas do mundo a uma em cada 100 milhões que realmente tem importância.O objetivo da compilação desta lista é expor o poder e não glorificá-lo, e, com o tempo, revelar que a influência é tão facilmente perdida quanto é dificilmente conquistada", disse a revista.



Fonte:

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Por:  Catarina Rezende de Carvalho    |      Imprimir