Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 26-11-2009

Aids caminha para o interior dos país.
Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde mostram que os grandes centros urbanos registraram queda no número de casos de aids, enquanto no interior do Brasil foi verificado um crescimento. Segundo o balanço, entre 1997 e 2007, a incidên
Aids caminha para o interior dos país.
Foto: http://nequidnimis.files.wordpress.com/2008/12/aids1.j


Nas cidades com mais de 500 mil pessoas, o decréscimo da taxa de incidência foi de 15%, passando de 32,3 para 27,4 notificações por 100 mil habitantes. Ao longo dos dez anos que a pesquisa abrange, 24 dos 39 municípios considerados grandes centros urbanos registraram uma queda significativa ou mantiveram estáveis as taxas de incidência. Essas 39 cidades concentram 52% dos casos de aids no Brasil, apontou o Ministério da Saúde.

No mesmo período, a taxa nas cidades com menos de 50 mil habitantes passou de 4,4 para 8,7 notificações por 100 mil habitantes. O conjunto das 4.982 cidades com menos de 50 mil habitantes (90% dos municípios brasileiros) concentra 34% da população e 15,4% dos casos de aids identificados no país.

Entre os 100 municípios com mais de 50 mil habitantes que apresentam maior taxa de incidência de aids, os 20 primeiros da lista estão na região Sul. O primeiro é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com taxa de incidência de 111,5 por 100 mil habitantes, seguido por Camboriú, em Santa Catarina, com 91,3.

A tendência de crescimento da aids no interior do país e não nos grandes centros urbanos também é vista nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O Norte e o Nordeste, entretanto, apresentam um perfil diferente do verificado no resto do país. Nessas duas regiões, ocorreu um aumento da taxa de incidência tanto em municípios grandes quanto em pequenos.

"O mapa permite conhecer as diversas epidemias existentes no país e fornecer aos gestores locais os instrumentos para que eles possam adequar as respostas à sua realidade", afirmou em comunicado a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.

De acordo com dados preliminares do balanço, de 1980 a junho de 2009, foram registrados 544.846 casos de aids no Brasil. Durante esse período, 217.091 mortes ocorreram por causa da doença. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de aids. A estimativa é que 630 mil brasileiros já foram infectados pelo HIV.

Mulheres - Dentre as constatações divulgadas pelo Ministério da Saúde está a de que, ao longo das últimas duas décadas, o número de casos de aids entre mulheres cresceu mais rapidamente que entre os homens. Em 1986, início da epidemia de aids no Brasil, havia 15 casos de aids em homens para cada caso em mulheres. A partir de 2003, a proporção mudou: para cada 15 casos em homens, existem 10 em mulheres.

Entre jovens de 13 a 19 anos, o número de casos de aids é maior entre as meninas. A inversão vem desde 1998, com 8 casos em meninos para cada 10 em meninas. Entre homens, a taxa de incidência em 2007 foi de 22 notificações por 100 mil habitantes e, nas mulheres, de 13,9. Em ambos os sexos, as maiores taxas de incidência se encontram na faixa etária de 25 a 49 anos.


Aids caminha para o interior dos país, aponta Ministério da saúde
Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde mostram que os grandes centros urbanos registraram queda no número de casos de aids, enquanto no interior do Brasil foi verificado um crescimento. Segundo o balanço, entre 1997 e 2007, a incidência nos municípios com menos de 50 mil habitantes dobrou, revelando que a epidemia caminhou para o interior do país. A análise foi feita nos 4.867 municipios brasileiros onde já foi notificado pelo menos um caso de aids.


Fonte: Veja.Abril
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir