Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-11-2009

Parlamento italiano pede que pílula abortiva não seja vendida
Lei prevê interrupção da gravidez antes dos anos 90 dias de gestação. Distribuição da pílula seria inconstitucional, dizem créticos da medida.
Parlamento italiano pede que pílula abortiva não seja vendida
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A comissão parlamentar italiana sobre Saúde decidiu nesta quinta-feira (26) por maioria pedir ao governo que não autorize a venda da pílula abortiva, aprovada em julho apesar da oposição do Vaticano e de setores mais conservadores do país.

No texto, a comissão chama atenção para a incompatibilidade da distribuição da RU-486 com a lei sobre o aborto e que agora será apresentado ao ministro Maurizio Sacconi, que terá que decidir.

O texto que pede o fim da distribuição da pílula abortiva foi aprovado por 14 votos favoráveis e oito contrários dos membros dos partidos da oposição.

Pelo documento, com a RU-486 a interrupção da gravidez para as mulheres italianas será muito mais fácil em comparação com a atual lei do aborto, por isso a importância de impedir a venda, assim como o uso nas estruturas sanitárias.

A lei sobre o aborto na Itália prevê que a interrupção da gravidez ocorra nos hospitais e antes dos anos 90 dias de gestação

O Conselho de Administração da Agência Italiana do Medicamento (AIFA) autorizou em julho a venda da pílula abortiva.

Naquela ocasião, o presidente emérito da Academia para a Vida, Giuglio Sgreccia, tinha condenado o uso da RU-486 ao classificá-lo de "veneno letal e não um fármaco", assim como "um pecado e um delito" e tinha ressaltado que seu uso ou prescrição permite a "excomunhão" da Igreja.

A pílula abortiva permite interromper a gravidez com até sete semanas de gestação sem intervenção cirúrgica. O primeiro país que aprovou seu uso foi a França em 1989, seguido pela Austrália, China, Índia e Espanha.

Parlamento italiano pede que pílula abortiva não seja vendida
Lei prevê interrupção da gravidez antes dos anos 90 dias de gestação.
Distribuição da pílula seria inconstitucional, dizem créticos da medida.

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Por:  Catarina Rezende de Carvalho    |      Imprimir