Categoria Politica  Noticia Atualizada em 03-12-2009

Manifestantes fazem muito barulho Câmara Legislativa do DF
Estudantes passaram a madrugada na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Dormiram lá. Os estudantes e pessoas ligadas a partidos de oposição exigem punição para todos os envolvidos no escândalo do mensalão.
Manifestantes fazem muito barulho Câmara Legislativa do DF
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O presidente interino da Casa, deputado distrital Cabo Patrício, deu prazo de 24 horas para receber esses pareceres. Esse prazo vence no início da noite.

Começou com um protesto pacífico do lado de fora. Mas o clima mudou. Os manifestantes partiram para violência, forçaram a entrada. Uma porta de vidro foi quebrada, uma lixeira, arremessada contra um segurança que não consegue conter o grupo e é derrubado.

O segurança é carregado enquanto os manifestantes ocupam a Câmara Legislativa. Um caixão com o nome do governador José Roberto Arruda é levado pelos corredores onde ficam os gabinetes dos deputados.

Manifestantes também invadiram o plenário. Atrasaram a sessão. Com a saída deles, depois de duas horas, foram lidos os pedidos de abertura de processo de cassação de mandato contra oito deputados distritais envolvidos no escândalo e seis pedidos de impeachment contra o governador. Um deles, proposto pelo PT.

Os deputados foram embora, mas manifestantes continuaram na Câmara Legislativa. Um grupo de estudantes voltou a ocupar o plenário, desta vez com autorização da presidência. Mas a segurança foi reforçada.

A vigília, dizem, vai até o impeachment do governador, que depende da aprovação de pelo menos 16 dos 24 deputados distritais. Os pedidos não têm data para serem votados.

"Os manifestantes que querem resposta rápida do Poder Legislativo têm direito de manifestar mas respeitando a instituição, dando condições para que parlamentares possam trabalhar", diz o presidente interino da Câmara Legislativa, deputado distrital Cabo Patrício (PT).

Outro processo que Arruda vai enfrentar é dentro do partido. O julgamento será na semana que vem. A expulsão é dada como certa.

"Essa é a posição da grande maioria, me atrevo a dizer quase que da totalidade da executiva do partido", aponta o líder do partido, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

"A nossa função é política, um julgamento político. Politicamente, na minha opinião, o governador não tem condições de ficar dentro do partido", afirma o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Agora, o DEM admite que Arruda ajudou na eleição de colegas, captando dinheiro com empresários. Mas nega irregularidades. "As doações são oficiais, estão registradas no TSE à disposição de todos", garante o presidente do Democratas, Rodrigo Maia.

Ontem, na Ucrânia, o presidente Lula voltou a falar sobre o escândalo. Mudou o discurso. As imagens com distribuição de dinheiro para políticos de Brasília, que de acordo com ele não falavam por si, agora: "Vi algumas imagens. Acho que é grave, mas tudo isso agora vai ser um processo, tudo isso vai ter um processo. Vai passar por um tribunal, por outro tribunal, até que tenha o juízo final. Não sei o que o parlamento distrital vai fazer. A mim, eu diria, a qualquer outro governante, nós temos que esperar a decisão da Justiça. Aí vai depender muito do que a polícia colocar no inquérito. Eu acho que é deplorável".

A Polícia Federal assegurou que não houve montagem ou manipulação nas gravações em que o governador José Roberto Arruda trataria do pagamento de propina a aliados. O governador havia dito que uma falha no equipamento de gravação poderia ter truncado os diálogos

Manifestantes fazem muito barulho Câmara Legislativa do DF
Estudantes passaram a madrugada na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Dormiram lá. Os estudantes e pessoas ligadas a partidos de oposição exigem punição para todos os envolvidos no escândalo do mensalão.



Fonte: Vooz
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir