Categoria Meio ambiente  Noticia Atualizada em 09-12-2009

Agência dos EUA prega bom senso em corte de emissões
Copenhague, 9 dez (Lusa) - A diretora da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), Lisa Jackson, afirmou nesta quarta-feira, em Copenhague, que o país vai adotar medidas de "bom senso" para conter as emissões poluentes e
Agência dos EUA prega bom senso em corte de emissões
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No terceiro dia de trabalho na Conferência do Clima, organizada pela ONU para debater as mudanças climáticas e que acontece na capital dinamarquesa, Jackson afirmou que a possível regulação, por parte da EPA, das emissões de gases que intensificam o efeito estufa, anunciada na segunda-feira, será usada de maneira "complementar" a um projeto de lei que tramita no Congresso norte-americano, e não para substituir a norma.

"Precisamos de legislação" para eliminar qualquer dúvida que possa existir no assunto, disse a diretora da agência norte-americana, que garantiu que a entidade vai trabalhar "em estreita colaboração com o Congresso para aprovar legislação que reduza as emissões de gases do efeito estufa em mais de 80% até 2050".

Segundo ela, os Estados Unidos vão desenvolver "esforços consideráveis" e tomar decisões de "senso comum significativas" para alcançar esse objetivo.

Os Estados Unidos, que juntamente com a China são responsáveis por 40% das emissões globais de carbono, têm recebido críticas por causa da demora em aprovar seu pacote climático, previsto para 2010, e sem o qual será muito difícil conseguir um avanço real nas negociações para um novo pacto vinculativo sobre o clima que substitua o Protocolo de Quioto.

O anúncio feito na segunda-feira pela EPA - de que as emissões de gases que intensificam o efeito estufa são responsáveis pelo aquecimento global e constituem uma ameaça à saúde pública - abriu caminho para que a agência ambiental pudesse aprovar sua própria regulação das emissões, sem a autorização do Congresso.

A decisão que foi elogiada pelos 192 delegados presentes na conferência de Copenhague e vista como um sinal positivo da Administração do presidente norte-americano, Barack Obama, especialmente após oito anos de resistência em relação à questão climática, durante os mandatos de George W. Bush.

Trabalho de conciliação

Nas discussões desta quarta-feira, os negociadores tentavam aproximar as posições dos 192 países participantes no sentido de reduzir a evidente falta de entendimento entre as nações ricas e os países em desenvolvimento sobre o financiamento, a longo prazo, dos US$ 100 bilhões (R$ 174,7 bilhões) necessários para ajudar os Estados mais pobres a enfrentarem o fenômeno climático.

Outra dificuldade é também a falta de consenso sobre a redução das emissões. Enquanto todas as nações desenvolvidas, especialmente as grandes potências, não assumirem compromissos significativos de corte de emissões, os países em desenvolvimento, menos poluidores, dificilmente aceitarão metas quantitativas, encaradas como um obstáculo à industrialização.

"Não temos a ilusão de que isto vá ser fácil. Mas penso que um acordo pode ser alcançado se fizermos isto como deve ser", considerou o responsável norte-americano para as mudanças climáticas, Todd Stern.

Delegações de 192 países estão reunidas até 18 de dezembro em Copenhague no que é considerado o maior e mais importante encontro mundial sobre o clima. O objetivo é alcançar um consenso sobre um texto para obter um acordo legalmente vinculativo, que inclua as metas necessárias para assegurar que o aquecimento global não seja superior a dois graus Celsius em relação à era pré-industrial.

Já foi confirmada a presença de mais de 100 chefes de Estado e de governo na conferência, à qual também assistirão cerca de 15 mil delegados e o próprio secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon



Copenhague, 9 dez (Lusa) - A diretora da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), Lisa Jackson, afirmou nesta quarta-feira, em Copenhague, que o país vai adotar medidas de "bom senso" para conter as emissões poluentes e proteger a saúde de seus cidadãos.
Agência dos EUA prega bom senso em corte de emissões

Fonte: agencialusa
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir