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A MIOPIA DO EU
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A Miopia do Eu caracteriza-se pela debilidade do profissional em enxergar sua vida particular. Foto: www.maratimba.com A busca incessante e crescente das organiza��es em otimizarem os recursos nelas empregados, com o objetivo de maximizar cada vez mais os lucros, tem levado milhares de profissionais a se entregarem intensa e desmedidamente aos seus cargos e fun��es. Essa entrega tem trazido algumas conseq��ncias negativas para o desenvolvimento pessoal dos que se enquadram em tal situa��o. Essas conseq��ncias formam um conjunto t�o significativo de rea��es que poder�amos denominar como uma nova patologia ocupacional: a Miopia do Eu. A Miopia do Eu caracteriza-se pela debilidade do profissional em enxergar sua vida particular, p�s-empresa, constitu�da por ele pr�prio, como indiv�duo, pelo contato familiar e social. A corrida desenfreada pelo sucesso profissional e at� mesmo as exig�ncias encobertas e subentendidas das empresas em deterem a pessoa ao m�ximo no exerc�cio de sua fun��o, s�o os principais causadores desta doen�a, que � totalmente degenerativa, pois surge sorrateiramente e quando est� percept�vel, o infectado n�o consegue mais cuidar da sua vida pessoal, pois n�o mais a tem: sa�de f�sica, emocional e espiritual, fam�lia e amigos foram flagelados por essa triste "doen�a". � importante lembrar que antes de sermos profissionais, pessoas que desejam ter uma carreira exemplar no mundo corporativo, � essencial termos uma vida pessoal exemplar e compartilh�-la com nossos filhos, pais, irm�os, esposas, esposos, enfim, aqueles que nos cercam. Um agravante desta patologia s�o as in�meras atividades delegadas pelas empresas aos colaboradores, atividades estas com um n�vel de entrega e complexidade cada vez maiores, onde os profissionais n�o se v�em em outra posi��o a n�o ser a de cumprir, e com destaque, as tarefas que s�o imputadas por seus cargos, acarretando uma elasticidade da carga hor�ria, onde o trabalho � levado para dentro de casa e invade os momentos destinados ao lazer, conv�vio e descanso. Isso se d� muitas vezes, pois, grande parte das organiza��es est� habituada a reconhecer o potencial daqueles que vivem a "apagarem o inc�ndio" constantemente e n�o aqueles que tomam a��es preventivas evitando o fogo. O problema � que a primeira situa��o, a do "executivo bombeiro", demanda tempo, empenho e desgaste muito maior do que a do "executivo preventivo", mas como a mentalidade de algumas organiza��es � de reconhecer os "bombeiros", as pessoas acabam por assumir este papel, buscando aprova��o e reconhecimento, n�o importando o tempo que lhe ser� roubado de sua vida pessoal. A Miopia do Eu � algo indiscutivelmente presente no mundo corporativo, em todas as organiza��es encontramos algu�m que sofre com essa patologia, cabe a cada um de n�s direcionarmos nossas carreiras de forma que possamos desenvolv�-las de forma sadia, focando nos objetivos organizacionais, mas sem deixarmos de lado nossa vida pessoal, de vivermos bons momentos, como nos diz o escritor Roberto Shinyashiki, no livro Manual de Gest�o de Pessoas e Equipes: "qualidade de vida � ter comprometimento, primeiramente com a realiza��o da sua vida pessoal, sua felicidade, depois com a empresa". "Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?... E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas m�os, como tamb�m para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e afli��o de esp�rito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol. Tamb�m eu odiei todo o meu trabalho, que realizei debaixo do sol, visto que eu havia de deix�-lo ao homem que viesse depois de mim. J� entendi que n�o h� coisa melhor do que alegrar-se e fazer bem na sua vida; E tamb�m que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto � um dom de Deus". (A B�blia do Executivo: Eclesiastes 1:3; 2:11,18; 3:12,13) Fonte: Reda��o Maratimba.com
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| Por: Pablo Nascimento Beloni | Imprimir |
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