Nigeriano tentou ataque terrorista durante voo Amsterdã-Detroit. Para Obama, informações sobre suspeito deviam ter impedido embarque.
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira (29) que uma "combinação de falhas humanas e sistêmicas" permitiram que um nigeriano suspeito de terrorismo embarcasse num voo de Amsterdã a Detroit e ameaçasse explodí-lo no dia de Natal.
Numa entrevista coletiva durante suas férias numa base naval no Havaí, Obama disse que as informações sobre o suspeito deveriam ter sido suficientes para alertar as autoridades para impedir que Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, embarcasse no voo com explosivos. O nigeriano foi dominado durante o voo e está sendo indiciado formalmente nos Estados Unidos.
"Quando nosso governo tem informação sobre um conhecido extremista e essa informação não é dividida e tratada como se o tivesse sido, e esse extremista embarca num avião com explosivos perigosos que poderiam custar quase 300 vidas, uma falha sistêmica ocorreu e considero isso totalmente inaceitável", disse ele a jornalistas.
Nesta segunda, o presidente norte-americano já havia dito que ele e seu governo não descansarão "até encontrar" os envolvidos na tentativa do atentado.
Obama assegurou que o governo dos EUA está fazendo tudo o que está ao seu alcance para manter a segurança dos viajantes nesta época.
O caso
Umar Farouk Abdulmutallab é suspeito de tentar explodir uma bomba chamada PETN utilizando uma seringa cheia de substâncias químicas quando o voo 253 da Northwest se aproximava de Detroit em 25 de dezembro.
Abdulmutallab passou pelos trâmites de segurança em Lagos e Amsterdã, onde os detectores de metais não conseguiram detectar seu armamento.
Autoridades norte-americanas têm tentado explicar como Abdulmutallab foi capaz de embarcar na aeronave para Detroit e negado acusações de que a responsabilidade do governo Obama tem sido lenta.
Autoria
O braço do grupo al-Qaeda na Península Arábica reivindicou a autoria da tentativa de explosão. A declaração foi feita por meio de um comunicado publicado em sites islâmicos radicais nesta segunda (28).
A al-Qaeda afirma que o ataque seria uma resposta ações dos EUA na Península Arábica. O grupo iisse que iria testar um novo tipo de explosivos, e comemorou o fato de a bomba ter passado despercebida pela segurança nos aeroportos. Os terroristas também ameaçaram fazer novos ataques.
Nigeriano tentou ataque terrorista durante voo Amsterdã-Detroit. Para Obama, informações sobre suspeito deviam ter impedido embarque.
Obama diz que há falhas sistêmicas na segurança interna
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