Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 23-05-2010

JALEQUINHO BRANCO E O FENDO MAU
O mundo está cheio de mentira, maldade e ilusão. Tirando Papai Noel, não se pode acreditar em mais ninguém
JALEQUINHO BRANCO E O FENDO MAU

Um conto de Christian Bah & Ense Fricksz traduzido e adaptado livremente por Manoel Manhães.

Era uma vez, já repararam que esse é um ótimo começo pra contar mentira?, pois, muito bem, era uma vez um menino bom, muito querido, que todos chamavam de Jalequinho Branco porque ele gostava de usar jaleco (peça de roupa muito usada na área médica) dessa cor, ou seja: branco (cor que dá a idéia de limpeza, higiene, assepsia).

Certo dia Jalequinho Branco estava indo na casa da vovó (a mãe da mãe ou do pai dele) e parou pra descansar a beira da língua (no caso, pequeno escorrimento que toma o formato do órgão muscular relacionado ao sentido do paladar) de esgoto (águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas) que atravessa parte da praia da Colônia (a quarta maior cidade da Alemanha e a maior cidade do estado de Renânia do Norte-Vestfália) e desemboca no mar quando apareceu o Fendo Mau, uma espécie de lobo (Canis Lupus, o maior membro selvagem da família canidae, é o ancestral dos cães domésticos ou não) que vive nas fendas (pequenas aberturas, gretas, no caso, nas pedras montanhosas), por isso o nome.

-Ahá (trio norueguês de synthpop que fez sucesso na década de 80)! Te peguei, Jalequinho Branco! Te peguei querendo limpar a sujeira que vou beber!, eu gravei tudo no meu celular (telefone portátil)!, gritou o Fendo Mau.

-Mas como?, retrucou Jalequinho Branco, como posso limpar a sujeira que o senhor vai beber se estou abaixo do ponto em que o senhor está e, além do mais, isso é quebra de sigilo ilegal?

Aí o Fendo Mau não tinha mais nada a declarar e bebeu o Jalequinho.

Moral da história: Diz-me com quem tu andas e eu direi se vou contigo.

Sub-moral: O pior cego é aquele que não enxerga.

Corolário lógico: O mundo está cheio de mentira, maldade e ilusão. Tirando Papai Noel, não se pode acreditar em mais ninguém.

Manoel Manhães - [email protected]

    Fonte: O Autor
 
Por:  Manoel Manhães    |      Imprimir