Categoria Esportes  Noticia Atualizada em 14-06-2010

Holanda bate a Dinamarca e inicia bem a Copa
Uma das favoritas ao t�tulo, sele��o laranja mostra bom toque de bola, mas conta com ajuda de defensor dinamarqu�s para abrir caminho para vit�ria.
Holanda bate a Dinamarca e inicia bem a Copa
Foto: http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/no

A sele��o da Holanda � conhecida pelo futebol ofensivo e pela habilidade de seus jogadores. Nesta segunda-feira, em seu primeiro jogo na Copa do Mundo 2010, uma das fortes candidatas ao t�tulo mostrou bom toque de bola, mas precisou de um lance de pura sorte para abrir a defesa dinamarquesa e o caminho para uma estreia vitoriosa no Mundial disputado na �frica do Sul. Ajudada por um gol contra de Simon Poulsen, a Laranja derrotou a Dinamarca por 2 a 0 no Soccer City, em Joanesburgo, no jogo de abertura do Grupo E da Copa.
Ap�s ganhar um presente com um minuto do segundo tempo, os holandeses controlaram a partida e garantiram o triunfo com um gol de Kuyt aos 39 minutos.

As duas sele��es voltam a campo na �frica do Sul no pr�ximo s�bado. A Holanda vai a Durban enfrentar o Jap�o, �s 11h (de Bras�lia). A Dinamarca encara Camar�es em Pret�ria (15h30).

Dinamarqu�s blefa e escala atacante vetado


Na v�spera do primeiro duelo europeu na Copa 2010, o treinador holand�s afirmou que as duas sele��es se conheciam. "N�o temos segredos", garantiu. Mas Bert van Marwijk n�o contava com a estrat�gia do colega dinamarqu�s. No domingo, Morten Olsen afirmou que o atacante Bendter, principal esperan�a de gols do time, n�o jogaria devido a uma les�o na virilha. Mas o nome do jogador do Arsenal apareceu na lista de titulares.

Olsen n�o despistou quando disse que um empate seria um �timo resultado. E escalou apenas um atacante de origem (exatamente Bendter). O meia Rommedahl teve a miss�o de auxililar o centroavante. Na Holanda, sem ainda contar com Robben, poupado ap�s sofrer uma les�o muscular na coxa no �ltimo dia 5, Marwijk mandou a campo o estilo ofensivo caracter�stico do pa�s, com um trio de atacantes (Van Persie, Kyut e Van der Vaart). E com Sneijder tamb�m chegando na �rea.

Apesar da postura teoricamente mais defensiva, a Dinamarca n�o se retraiu nos primeiros minutos, buscando tamb�m o ataque. E parando as investidas advers�rias com faltas. Foram tr�s infra��es nos primeiros quatro minutos.
A Holanda conseguiu criar a primeira boa jogada aos nove minutos. Kuyt recebeu na entrada da �rea, dominou e bateu forte. O goleiro Sorensen defendeu, largou e voltou a agarrar, sem a aproxima��o de qualquer advers�rio.

Mais calmos em campo, os holandeses passaram a mostrar a sua famosa capacidade de trocar passes. Pacientemente, os jogadores de laranja rolavam a bola de p� em p� em busca de uma brecha na defesa rival. Van Persie encontrou esse espa�o aos 19 e acionou Van der Vaart na meia-lua. O jogador do Real Madrid concluiu, mas Aggen desviou para escanteio. No minuto seguinte, no mesmo ponto do campo, Van de Vaart recebeu cruzamento da direita de Van Bommel, gingou na frente de Agger e arrematou � direita do gol.

At� a metade da etapa inicial, a Dinamarca n�o havia feito sequer uma conclus�o a gol. Mas levou grande perigo aos 26 minutos. Na jogada esperada: cruzamentos para Bendter, de 1,91m. O atacante concluiu cruzamento da direita rente � trave do goleiro Stekelenburg, dando um susto nos holandeses que pintaram parte do Soccer City de laranja.
Apesar da Holanda passar a maior parte do tempo no campo ofensivo (chegou a ter 63% de posse de bola na etapa inicial), foi o time de branco que exigiu o goleiro advers�rio. E duas vezes seguidas. Em contra-ataque, aos 36, Rommedahl recebeu lan�amento longo pela direita e arriscou o chute de fora da �rea. Stekelenburg agarrou a Jabulani com dificuldade. No minuto seguinte, Bendter mostrou que, apesar da altura, tem certa habilidade. O grandalh�o superou a marca��o e passou para Rommedahl. Agora pela esquerda, o meia chutou cruzado, obrigando o arqueiro holand�s a se esticar e espalmar para c�rner.

Depois dos sustos, o cabe�a de chave do Grupo E s� voltou a amea�ar aos 43. Van Persie recebeu livre no bico da �rea pela direita. Mas em vez de seguir na dire��o da meta, trouxe a bola para o p� esquerdo, o seu ponto forte. Mas assim permitiu a chegada da marca��o e acabou arriscando de direita mesmo, para fora. Errou o gol, mas acertou uma c�mera colocada atr�s da meta. E deu preju�zo para o fot�grafo, quebrando a m�quina (assista no v�deo acima).

Gol contra no in�cio do segundo tempo muda o jogo


O panorama para o segundo tempo parecia preocupante para uma das sele��es consideradas por muitos especialistas como uma das favoritas ao t�tulo. Mas a sorte sorriu para a Holanda. Com apenas um minuto de jogo, Van Persie acreditou em um lan�amento longo sobre a �rea, aproveitou uma sa�da errada do goleiro Sorensen e cruzou da esquerda. Simon Poulsen, que joga no futebol holand�s (AZ Alkmaar), se apavorou e cabeceou errado, para tr�s. A bola bateu nas costas de Agger e entrou mansamente no canto direito, tocando na trave antes de ir para a rede.
gol desarrumou momentaneamente o sistema defensivo dinamarqu�s, que voltou a falhar aos oito minutos, permitindo que Van Persie invadisse livre a �rea. Sorensen saiu do gol e evitou a conclus�o do atacante. O arqueiro voltou a ser exigido aos 13, se esticando e fazendo uma ponte para defender uma conclus�o de chapa de Van der Vaart.

Com a equipe inferiorizada no placar, o treinador Morten Olsen decidiu refor�ar o sistema ofensivo, trocando um meia (Enevoldsen) por um atacante (Gronkjaer) aos 11. Mas seis minutos depois precisou tirar Bendter, ainda sem as condi��es f�sicas ideais.

No lado da Holanda, Van Persie continuava como o atacante mais perigoso. O camisa 9 chegou a colocar a bola na rede aos 15 minutos, em lance j� invalidado por impedimento. E alegou para o �rbitro franc�s Stephane Lannoy que n�o ouviu o apito devido ao barulho causado pelas vuvuzelas.
As altera��es realizadas por Morten Olsen, capit�o da Dinam�quina na Copa de 86, n�o melhoraram o desempenho da equipe. Com pouca criatividade, em nada lembrando o time que marcou �poca no Mundial disputado no M�xico, a sele��o dinamarquesa se limitava a tentar cruzamentos para a �rea. Rebatidos pelos defensores rivais.

Substitui��o que deu resultado foi a primeira feita pelo treinador holand�s: a entrada de Elia no lugar de Van der Vaart. Com muita habilidade, o atacante holand�s deu trabalho para os advers�rios e criou boa chance aos 30. Elia cruzou para �rea, e o goleiro Sorensen afastou de soco. Na sequ�ncia, Van Bommel avan�ou pela direita e chutou bem. O camisa 1 espalmou, evitando o segundo gol. Que quase aconteceu aos 37. Eleito o melhor em campo pela Fifa, Sneijder arriscou de fora da �rea, e a bola tocou no travess�o dinamarqu�s.

O segundo tento laranja, que j� estava maduro, saiu aos 39. Sneijder fez lindo lan�amento para Elia, que tocou na sa�da do goleiro. A bola, caprichosamente, tocou na trave esquerda e sobrou para Kuyt completar para rede.

Se fez um gol contra, Simon Poulsen evitou o terceiro gol advers�rio ao tirar em cima da linha uma bola tocada por Affelay aos 43 (assista no v�deo acima).

J� n�o havia mais esperan�a para os dinamarqueses. E o Soccer City virou palco para festa dos torcedores laranjas, confiantes que o triunfo desta segunda-feira foi o primeiro de uma campanha que esperam que s� termine em 11 de julho, no mesmo est�dio, com a conquista do in�dito t�tulo mundial que escapou nas finais de 74 e 78.

Fonte:

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Por:  Miguel R. Pereira Netto    |      Imprimir