Categoria Politica  Noticia Atualizada em 16-06-2010

Marina Silva defende filho de Sarney em sabatina e evita fal
SÃO PAULO - A candidata do PV a presidente, Marina Silva, defendeu na manhã desta quarta-feira o deputado federal Sarney Filho (PV-MA), conhecido como Zequinha Sarney, ao participar de sabatina realizada pelo portal UOL e pelo jornal "Folha de S. Paulo".
Marina Silva defende filho de Sarney em sabatina e evita fal
Foto: portalibahia.com.br


Logo no início do encontro, Marina justificou a defesa de Zequinha Sarney.

- Não dá para pegar a trajetória do presidente (José) Sarney e fazer com que seja colocada com todo o seu peso no Sarney Filho. Eles não são a mesma pessoa, ainda que tenham o mesmo nome.

Marina afirmou que se um dos seus filhos se tornasse um desmatador de florestas não estaria isento de culpa automaticamente porque ela é uma militante da causa. A mesma lógica invertida valeria para o presidente do Senado e seu filho.

A candidata reconheceu ainda que Sarney Filho, seu colega de partido, veio da política tradicional, mas disse a atuação dele como ministro do Meio Ambiente no governo Fernando Henrique foi elogiada.

Durante a sabatina, Marina também afirmou que "ter princípios não pode ser incompatível com a função de governar o Brasil". Perguntada se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia deixado os princípios de lado, a candidata, que trocou o PT pelo PV, respondeu que "cada um se depara com realidades diferentes".
Candidata ficaria no PT se sigla tivesse olhar ambiental

Questionada sobre sua saída do PT, ela afirmou que teria permanecido no partido e apoiaria um candidato da sigla caso tivesse evoluído a concepção dos companheiros em relação à sustentabilidade.

Segundo ela, seus concorrentes, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), têm a mesma visão desenvolvimentista para a sociedade brasileira, da qual ela não compactua.

- Eu não precisaria sair do PT se o partido tivesse a capacidade de ter entendido o novo olhar para a realidade... a sustentabilidade é fundamental para o desenvolvimento do país - disse.

Em 2009, a candidata deixou o PT, partido ao qual filiou-se em 1985. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008.

Ela relatou que saiu do governo por pressões internas e externas contra um plano voltado à Amazônia. Marina contou que os ministros da época Reinhold Stephanes (Agricultura) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), além do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, procuraram influenciar o presidente Lula para alterar o programa.

- Aí eu pedi para sair.

A senadora afirmou que, como a sociedade civil vinha acompanhando a implantação das medidas, o plano acabou bem sucedido e o desmatamento continuou a cair.
Visual sem alterações para se mostrar inteira na campanha

Muito badalada pelo seu estilo e maneira de se vestir, Marina afirmou que não fez alterações radicais no seu visual para a campanha porque o candidato deve se mostrar inteiro.

- Cada um vai procurar se vestir da forma que se sente bem. A pessoa se manter íntegra, inteira, num processo como esse (de disputa eleitoral) é muito importante - disse, ao responder a uma pergunta feita por uma pessoa na rua e exibida em vídeo durante a sabatina.

Marina ainda brincou com a pergunta em que o seu visual foi descrito como "informal".

- Ela (a mulher que fez a pergunta) se esforçou para ser educada. Eu sou meio tribal - afirmou.

Confira outros trechos da entrevista:

Doações em campanha: Marina disse que não aceitará doações da indústria bélica e do tabaco. A verde não deixou claro, porém, quais critérios usará para as outras empresas doadoras. Ela destacou que sua campanha irá focar em muitas doações de pequeno valor, em vez de poucos doadores de grandes montantes.

Pré-sal: A candidata voltou a afirmar que a questão dos royalties do pré-sal foi contaminada pelo momento político. Segundo ela, os custos do pré-sal serão elevados porque os custos ambientais não foram calculados corretamente.

CPMF: Para ela, não é possível criar um novo imposto para a Saúde. Marina disse que, se eleita, trabalhará para a aprovação da emenda 29, que prevê investimentos mínimos nas áreas de Educação e Saúde. A verde ressaltou que a discussão de novas tributações só poderá ser feita dentro de uma reforma tributária.

Cotas: Marina declarou que é favorável às cotas nas universidades. Ela destacou, porém, que não acredita que a medida possa ser usada no longo prazo.








SíO PAULO - A candidata do PV a presidente, Marina Silva, defendeu na manhã desta quarta-feira o deputado federal Sarney Filho (PV-MA), conhecido como Zequinha Sarney, ao participar de sabatina realizada pelo portal UOL e pelo jornal "Folha de S. Paulo". Ao final das perguntas, ela afirmou não fazer oposição a nenhum dos seus adversários políticos nas eleições de 2010 e que só discutirá apoio a um deles, se não for para o segundo turno. "A escolha do candidato é o sintoma do partido. Nesse aspecto Dilma e Serra são muito parecidos. Não vejo diferenças entre os dois".




Marina Silva defende filho de Sarney em sabatina e evita falar sobre 2º turno



Fonte: O Globo
 
Por:  Joilton Cândido Vasconcelos    |      Imprimir