Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 14-07-2010

SOCORRO PARAGUASSU!
Pergunta numa prova de Hist�ria: �Para que serve as pir�mides? Resposta do aluno: as pir�mides s�o cadeias que servem para torturar aqueles que v�o contra a leis...�
SOCORRO PARAGUASSU!

Inicialmente devo parabenizar � pedagoga Magali Paraguassu pelo excelente desempenho na capacita��o aos professores da EEEFM "Presidente Kennedy", cujo tema: avalia��o, por sinal muito pol�mico.

Al�m de a pedagoga conduzir sabiamente a abordagem, detalhou a import�ncia da prova operat�ria na atualidade. N�o deixou de abrir espa�o as d�vidas administrando de maneira democr�tica, possibilitando que tiv�ssemos contato com o que diz Leis de Diretrizes e Bases da Educa��o � LDB exemplificando atrav�s de mensagens e expandido o debate com a teoria e pr�tica.

Percebi a import�ncia da avalia��o na atualidade. Se equivocada estiver, pe�o desculpas antecedentemente aos colegas educadores, por�m, penso que a avalia��o se d� exatamente como explanou Paraguassu, de diferentes maneiras.

Os exemplos de avalia��es, digo; provas, mostrados como n�o vi�veis na atualidade fez-me lembrar o porqu� de ter escolhido cursar Letras. Nada sabia de Portugu�s, me incomodava falar e escrever errado, era preciso aprender a aprender como escreve Luft em L�ngua & Liberdade.

Na verdade, nas s�ries iniciais at� o Ensino M�dio fui condicionada a um ensino med�ocre me obrigando a decorar regras rid�culas e copiar conceitos de velhos livros did�ticos.

Lembro-me de algumas aulas repugnantes que tive em que professores diziam que ensinavam verbos. Jamais compreendi na �poca a diferen�a entre um pret�rito e outro.

Aprendi bem depois com a professora �dna Valori na faculdade, antiga FAFI e nunca me esquecerei o que � pret�rito, principalmente o imperfeito. Por duas raz�es: gosto de Timaia e ele sempre conservou esse tempo em vida. Cheirava, cantava, brigava, amava, comia, tocava, bebia e eu, simples mortal tamb�m o vivo, apesar de ser passado. Sempre o mantenho, mesmo que n�o o deseje, em minhas fat�dicas tentativas de deix�-lo. Bebia, fumava, amava, brigava, gritava e ningu�m me ouvia, mas sempre amava.

Outro exemplo que me fez entender os pret�ritos foi a obra Vidas Secas de Graciliano Ramos, todos os tempo passados presentes na escrita do regionalista escritor.

Mas na sala de aula, como avaliar diante da obrigatoriedade da vida que, sempre nos avalia de diferentes maneiras? Compreendo que preciso aprender a avaliar, para avaliar de forma justa os conte�dos ensinados.

N�o posso aqui concordar com ideias que s�o somente ideias diante dos fatos precisamos tomar a frente da trincheira. O resultado de nossa avalia��o errada tem conduzido in�meros indiv�duos ao fracasso e as p�ginas vergonhosas na m�dia, que tal ver o resultado do Paebs e Ideb?

Se, cabe ao professor ensinar e avaliar, e as avalia��es se d�o de diferentes maneiras, por que modelos ultrapassados ainda perduram e poucas vezes podemos ver uma interven��o em atos criminais disfar�ados em muitas salas de aula? Por que meu Deus?

A quest�o Magali, � muito s�ria. Se a professora Luciana Maximo avalia a 7� s�rie com a produ��o, editora��o, pintura, encena��o, pesquisa, an�lise, mesa redonda com a presen�a de cronistas/jornalistas e debate que culminam com a publica��o em jornais de cr�nicas produzidas na sala de aula, mostra de telas e textos entre outros, preciso dar uma prova perguntado o que � cr�nica, cara Paraguassu? E se por outro lado, um colega sem ideias, cansado, invejoso, med�ocre, mentiroso, mal amado e infeliz, veja meu aluno indo ao laborat�rio de inform�tica, a sala audiovisual assistir a um clip com uma cr�nica, recortando de um jornal um texto desse g�nero, analisando-o, interpretando-o, perguntando ao escritor numa roda de bate papo, encenando, ou pintando uma tela �com Rubem Braga�, e esse mesmo colega diz: "_ Ah, entendi, ela enrola nas aulas e por isso os alunos gostam dela"? O que fa�o? Aprendo com ele a ser med�ocre ou n�o dou bolas e passo a ser chamada de a professora que se acha?

Por outro lado, esse nobre colega continua com as mesmas pr�ticas do passado, como os que mentiram dizendo que me ensinaram. Suas avalia��es, sei l� como se d�o, s� sei, que para mim n�o servem para nada, sen�o virar rascunho, se o verso da folha estiver em branco, para redigir um poema ou fazer uma cr�nica.

Perdoe-me caros colegas, no meio de tanto ran�o, e como bem diz Gustave L� Bom; "as verdadeiras reformas, as que t�m a possibilidade de perdurar, s�o o resultado de uma profunda transforma��o das ideias e n�o de uma revolu��o." Fica a pergunta: como avaliar e saber se estou no caminho certo - socorro Paraguassu!

    Fonte: A Autora
 
Por:  Luciana Maximo    |      Imprimir