Categoria Politica  Noticia Atualizada em 21-07-2010

Obama sanciona a maior reforma financeira desde 1929
O presidente Barack Obama durante a cerim�nia
Obama sanciona a maior reforma financeira desde 1929
Foto: AFP

Stephen Collinson

WASHINGTON � O presidente americano, Barack Obama, fez hist�ria nesta quarta-feira ao promulgar a maior reforma financeira desde 1929, esperando evitar dessa forma que se repita uma crise devastadora como a que colocou seu pa�s � beira do abismo nos �ltimos tr�s anos.

A lei, que alguns republicanos comprometeram-se a reverter, introduz novas medidas de prote��o para os consumidores, reduz o poder dos grandes bancos e ataca pr�ticas enganosas por parte das empresas de cart�o de cr�dito.

"Com essa lei, o povo americano jamais voltar� a pagar pelos erros de Wall Street. N�o haver� mais resgates com dinheiro dos contribuintes", prometeu Obama ao promulgar a lei.

Com o objetivo de restaurar a confian�a dos americanos em sua lideran�a econ�mica em tempos em que o desemprego atinge os 10%, Obama disse que a lei reparar� as fraturas e abusos que geraram a crise financeira.

"Foi uma crise nascida da aus�ncia de responsabilidades, a partir de certos setores de Wall Street at� os sal�es de poder Washington", disse o presidente.

"Essas reformas representam a maior defesa do consumidor na hist�ria", disse Obama antes de promulgar o documento aprovado pelo Congresso na semana passada.

"Essas prote��es ser�o aplicadas por um novo regulador que tem somente uma miss�o: atender as pessoas, e n�o os grandes bancos, os organismos de empr�stimo, os investidores", acrescentou. "Isso n�o � bom apenas para os consumidores, � bom para a economia", segundo Obama.

A lei passou pelo Congresso com o apoio de diversos votos de republicanos, j� que os opositores n�o cessaram suas tentativas de bloquear as reformas de Obama.

L�deres republicanos condenaram nesta quarta-feira a nova lei, ao afirmar que esta prejudicar� o crescimento econ�mico e ir� atenuar a capacidade de a��o dos gigantes financeiros americanos.

O presidente do Comit� Nacional Republicano, Michael Steele, acusou Obama de tentar convencer os "americanos c�ticos de que faz tudo o que pode para baixar o desemprego".

"O presidente Obama converteu em lei um mastodonte de 2.300 p�ginas que levar� consequ�ncias diversas e n�o intencionais para a comunidade de neg�cios, restringir� o cr�dito e criar� dezenas de regras que matam o emprego".

A medida gerou cr�ticas e elogios entre economistas e analistas, mas alguns republicanos planejam revert�-la, como o l�der na C�mara dos Representantes, John Boehner.

"A lei deve ser rejeitada" e substitu�da por "coisas com as quais podemos tapar os buracos no sistema regulat�rio", afirmou.

Obama, que registra recordes de impopularidade em algumas pesquisas, e enfrenta elei��es legislativas de meio mandato em novembro, espera que a reforma financeira se torne popular, mas boa parte da lei, assim como a reforma da sa�de aprovada em mar�o passado, � muito complicada e demorar� meses para entrar em vigor.

Por exemplo, o novo Escrit�rio de Prote��o Financeira ao Consumidor, encarregado de proteger os americanos de pr�ticas credit�cias enganosas e tarifas ocultas quando solicitam uma hipoteca ou um cart�o de cr�dito, n�o entrar� em vigor antes de um ano.

Em uma tentativa de destacar a ajuda que a reforma dar� �s classes m�dias, Obama promulgou a lei junto a diversas pessoas que sofreram tratamento desonesto por parte de bancos e empresas de cart�o de cr�dito.

Obama sanciona a maior reforma financeira desde 1929

O presidente Barack Obama durante a cerim�nia



Fonte: AFP
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir