Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 30-07-2010

FÉ NADA CRISTí.
Vivemos um tempo onde a cada dia vemos mais e mais religiões.
FÉ NADA CRISTí.
Foto: Hudson

Vivemos um tempo onde a cada dia vemos mais e mais religiões. Como brincam os populares: "tem mais igreja que botequim", e o que é fato. Mas nos deparamos com dilemas e problemáticas que sempre nos deixam atônicos com a falta de fé ( a de fato) nessas religiões.

Deus se tornou um forte e poderoso produto de mercado, onde se fala em nome Dele. Aliás, hoje em dia todo mundo fala em nome de Deus, mas o que realmente conta é a assessoria de marketing. Se o "porta-voz" não tiver uma boa assessoria de marketing não se vende o "produto".

Temos a sensação de que a Bíblia e as Leis Divinas vieram via fax do céu direto para a mesa desses pastores e lideres religiosos que falam com autoridade em nome de um deus – pois sejamos francos, não é nome de um Deus de Amor e Justiça que esses falam.

Estamos em um tempo que a Religiosidade se tornou um mercado poderoso e lucrativo, onde as igrejas se tornaram fortes empresas, e, diga-se de passagem, muitíssimo bem administradas.

Mas como humanos, na essência da palavra Humanidade, sempre vemos na mídia problemas e casos onde se tivéssemos mais união e fraternidade poderíamos ajudar tantos de nossos irmãos e irmãs que precisam de apoio e incentivo. Catástrofes ambientais, preconceito, discriminação, diferenças econômicas, dentre outras e tantas causas do desequilíbrio socioeconômico são problemas da nova sociedade, que tem que se organizar e se mobilizar para solucionarmos esses tantos de nossos problemas.

Se uma Igreja, se um pastor ou padre, é representante de Deus na terra, e esse tem como sua missão reunir e amparar as ovelhas – nós – que são tão carentes de afeto e apoio, por que então muitas das religiões agem de forma discriminatória e preconceituosa?

Se de fato, todas falam em nome de um mesmo Deus, e se dizem representantes do mesmo Cristo, por que então elas criticam-se entre si?

Sim, somos todos fiéis e cristãos, mas também somos cidadãos e membros de uma sociedade. Então uma pergunta fica sempre no ar:

"Onde estão as religiões e qual seu papel perante a sociedade"?

Se pensarmos no maior dos ensinamentos do Cristo, lembraremos de sua maior lição: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo", acabamos por também pensar que se esse foi o maior ensinamento do homem mais politizado e até hoje mais cultuado em grande parte do mundo, por que seus seguidores só pensam no objetivo CÉU e não "amam" seus próximos aqui na terra? Religiões e dogmas pregam que tudo que fazemos na terra será cobrado, portanto, será que estamos de fato cumprindo os ensinamentos do Cristo, que não era católico, espírita, evangélico, umbandista e nenhuma das religiões que falam em nome Dele, mas sim, ele era – e é – um dos poucos humanos que exerceram o maior dos ensinamentos: O Amor só pode ser exercido através da Caridade. E não estamos falando de colaborar com os projetos filantropos fazendo uma ligação, doando mantimentos e/ou agasalhos.

Exercemos Caridade até mesmo com o olhar.

Se cada uma dessas religiões, com seu poder financeiro, social e mais forte ainda: seus poderes políticos, de fato cumprissem seu código maior (o do Cristo) grande parte das diferenças e problemas seriam de fato resolvidos.

Claro, temos grandes iniciativas, como as Campanhas anuais que a Igreja Católica faz (Campanha da Fraternidade), as mobilizações fraternas que Centros Espíritas organizam, e campanhas de auto-ajuda que as Evangélicas prepararam, mas ainda é pouco, se lembrarmos do poder político que essas organizações têm.

Fieis depositam milhões para manter as igrejas, e isso tem sido a cada dia alvo da mídia com hipóteses de fraude e "má-fé" de seus lideres.

É hora de nós, fiéis e cristãos nos mobilizarmos. Sempre cobramos de nossos governantes atitudes e posições por serem nossos representantes, nunca lembramos que nossos padres, pastores e lideres políticos também são representações da sociedade, e esses sim, tem maior poder para cobrar atitudes e organizarem de fato ações que podem ajudar a solucionarem muitos dos problemas sociais e culturais de nosso país.

Olhemos para nosso íntimo e façamos uma pergunta a nós mesmos: "Estamos seguindo os ensinamentos do Cristo?".

Pois é como dizia Francisco de Assis: "Amar e ser amado, porque é dando que se recebe.".

Vamos exercer nosso amor ao próximo.

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Por:  Hudson Giovanni    |      Imprimir