Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 02-08-2010

EXERCITE O PERDíO
Quem já foi magoado sabe que a dor é muito grande. Sempre acompanhada por uma decepção envolvendo uma pessoa a quem dedicamos afeto e fidelidade. Todos temos o direito de nos sentir zangados e ressentidos com a situação. Como o fardo é diferente para cada
EXERCITE O PERDíO
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Quem já foi magoado sabe que a dor é muito grande. Sempre acompanhada por uma decepção envolvendo uma pessoa a quem dedicamos afeto e fidelidade. Todos temos o direito de nos sentir zangados e ressentidos com a situação. Como o fardo é diferente para cada ser humano, somos passíveis até de falar em vingança. Mas enquanto buscamos a evolução espiritual devemos lembrar que Deus nos provoca a entregar a Ele nossa dor para que seja feita a Justiça e para que possamos perdoar nossos desafetos.
Em Salmos 55:12 – 13 encontramos a dor da decepção: "Pois não é um inimigo que me afronta, então eu poderia suportá-lo; nem é um adversário que se exalta contra mim, porque dele poderia esconder-me; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo. Mas Deus nos ensina a lidar com essa dor de forma inteligente: Romanos 12:19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à [ira] de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.
Somente Deus pode abrandar todo o sofrimento de quem sofre uma traição, em qualquer setor: um cônjuge que se entrega nos braços de outro(a), uma infidelidade no trabalho, pais que se decepcionam com filhos e vice versa. São incontáveis situações onde o chão parece desaparecer de nossos pés e nos encontramos em situação desesperadora.
Quando pensamos em perdão imediatamente vem a sensação de que o agressor irá sair impune da situação. E se ele agiu de propósito? Talvez seja do tipo de pessoa que não se arrepende ou tem a essência do mal no seu íntimo. Poderá repetir com você mesmo ou com outras pessoas. Por isso precisamos amadurecer o perdão e compreendê-lo pois perdoar não significa esquecermos ou aprovarmos a traição, que o agressor não tenha que responder às Leis do homem ou que as vítimas não tenham importância.
O perdão após exercido, passa a ser algo que nos beneficia mais que ao agressor. Nos coloca mais próximos de Deus, confortando nosso coração de forma a fortalecer nosso espírito contra outras investidas do mal. Este processo pode levar meses e até anos. Em alguns casos é rápido. Mas deve ser realizado e construído através de muita disciplina e dedicação à nossa evolução espiritual. São várias as batalhas da vida mas as que envolvem nossa alma são as mais difíceis por que envolvem coração e mente.
A reconciliação só poderá ser cogitada quando o traidor é ciente de seu erro, aceita as conseqüências e se mostra verdadeiramente arrependido. Veja o exemplo de um casal, onde um deles comete o adultério. As pessoas, por sua incompreensão da gravidade do ato colocam rótulos na vítima, como chifrudo, corno, etc...
Mas raros comentários surgem quanto à pessoa que cometeu o adultério e também à outra parte que muitas vezes entra na história de um casal, através de uma fraqueza de espírito que se torna uma porta para a entrada dos demônios da discórdia e do sofrimento.
O perdão nos liberta e nos coloca em um degrau a mais de evolução, desde que este sentimento seja verdadeiro: ninguém que perdoa deve publicar aos ventos o que fez nem lembrar seu ato ao agressor como se fosse uma sombra eterna observando cada passo de quem nos magoou. Este perdão deve ser leve, sincero, desprendido de outras intenções menos nobres. O Senhor Jesus foi ferido por isso ele pode nos socorrer quando nos humilhamos perante Deus e suplicamos sua benção. Jesus foi traído por Judas. Ele foi traído por Pedro. Ele foi traído por seu próprio povo que o crucificou. Como Jesus agiria diante de uma traição se estivesse em nosso lugar? Com certeza a dor que sentimos é infinitamente menor que a que Jesus se entregou para nos salvar dos pecados. "Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados" - Hebreus 2:18
A partir de agora, busque exercitar o perdão. Ore e confie em Deus pedindo orientação para cada passo que for necessário para sua evolução espiritual. Confie que tudo dará certo e lembre-se: tudo passa. Bom o ruim, tudo passa, sempre.


Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Ramon Barros    |      Imprimir