Categoria Informativo  Noticia Atualizada em 08-10-2010

Hungria pede ajuda à UE para combater vazamento tóxico
Prioridade é o envio de especialistas em redução do impacto ambiental
Hungria pede ajuda à UE para combater vazamento tóxico
Foto: veja.abril.com.br

A Hungria recorreu à União Europeia pedindo "assistência internacional urgente" para enfrentar os efeitos do vazamento tóxico que se alastra pelo sudoeste do país desde segunda-feira. Segundo autoridades locais, a primeira necessidade é o envio de três a cinco especialistas com experiência em gestão de vazamentos tóxicos, limpeza e redução do impacto ambiental.

O bloco econômico já começa a se articular diante da maior catástrofe da história da Hungria. "Desastres como este não se detêm nas fronteiras nacionais", afirmou a comissária de Ajuda Humanitária e Resposta às Crises da UE, Kristalina Georgieva.

O Centro de Controle e Informação (conhecido como MIC) já monitorava a evolução da situação desde o acidente que originou o desastre ambiental. Logo após o pedido oficial de ajuda do governo húngaro, feito na quinta-feira à noite, o MIC se pôs em contato com os 31 países que participam deste mecanismo para solicitar o apoio necessário.

Responsabilidade - Enquanto a Hungria luta para combater as graves consequências ambientais, a empresa de alumínio MAL, proprietária da represa de onde vazaram os resíduos tóxicos, nega a responsabilidade e diz que a tragédia não poderia ser prevista nem evitada. Em um comunicado oficial em seu site, a companhia declara que ainda não foi possível precisar as causas do acidente e assegura que a lama vermelha - resíduo da produção de alumínio - "não é qualificada como resíduo perigoso, segundo os padrões da União Europeia". A fábrica ainda destaca que já foram iniciadas obras para reconstruir o dique e evitar novas rupturas.

O acidente aconteceu na segunda-feira, quando o depósito da fábrica que fica na cidade de Ajka, 165 quilômetros a oeste da capital Budapeste, rompeu-se, espalhando os resíduos. Quatro pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas. A lama vermelha se espalhou por várias regiões e, na quinta-feira, chegou ao Rio Danúbio - o segundo mais longo da Europa e que banha seis países. Contudo, análises nas águas fluviais apontam que o material já estava diluído e, portanto, menos tóxico.

Fonte: veja.abril.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir