Categoria Informativo  Noticia Atualizada em 25-10-2010

UPAs: 30 médicos faltam
Rio - Pacientes que procuraram uma das 21 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), administradas pelo Governo do Estado na capital, neste fim de semana, se depararam com número reduzido de médicos
UPAs: 30 médicos faltam
Foto: odia.terra.com.br

Rio - Pacientes que procuraram uma das 21 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), administradas pelo Governo do Estado na capital, neste fim de semana, se depararam com número reduzido de médicos. Cerca de 30 profissionais faltaram no sábado e no domingo, deixando o atendimento lento em alguns postos, segundo informação da Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, há 41 UPAs no estado, e as outras 20 são administradas por prefeituras.

A UPA de Cabuçu, em Nova Iguaçu, por exemplo, só tinha um clínico-geral ontem de manhã, quando normalmente são quatro, o que representa falta de 75% do contingente. A unidade em Campo Grande também sentiu a ausência da equipe completa. Ontem, pelo menos um médico havia faltado.

"Minha irmã está passando mal e o atendimento está demorando demais", lamentou Vanessa Andrade, de 25 anos, irmã da jovem Vivian Cristina Andrade, 16 anos, que chegou às 14h e esperou cerca de três horas para ser atendida.

Em média, o número de médicos faltosos em plantões de fim de semana é de dez profissionais. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, escalas são monitoradas para necessidades e existe equipe de reserva, os chamados ‘médicos curingas’, para cobrir faltas. De acordo com o órgão, os profissionais foram acionados.

Os servidores que não compareceram ao trabalho são obrigados a justificar. Eles podem ser punidos e até desligados, de acordo com o vínculo que possuem com a secretaria.

Aposentada espera por transferência

Os problemas nas UPAs não param nas faltas médicas. Há quatro dias internada na unidade de Vila Kennedy, em Bangu, com pneumonia, a aposentada Geny Jenuário Neri, 74 anos, aguarda ser transferida para hospital da região.

Sérgio Neri, filho da aposentada, diz que os médicos tentam a transferência de Geny há dois dias, mas não conseguem vaga. "Perguntaram até se tínhamos conhecidos em algum hospital público. A médica informou que a burocracia é grande, o que tona a transferência mais lenta", contou, inconformado.

Ontem, o estado de saúde de Geny piorou. "Os médicos dizem que a transferência é urgente, mas infelizmente cabe a nós esperar", lamentou Sérgio.

Fonte: odia.terra.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir