Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-11-2010

Astrônomos tiram "fotos de infância" de um buraco negro
Explosão de estrela que originou fenômeno foi detectada há apenas 30 anos
Astrônomos tiram
Foto: www.estadao.com.br

Cientistas podem ter obtido imagens de um buraco negro recém-saído de seu parto violento.
Depois de observar uma estrela próxima explodir como supernova em 1979, astrônomos acreditam agora que a morte estelar não foi do tipo comum. A explosão foi grande o suficiente para produzir um buraco negro. Os pesquisadores acreditam que foi mesmo isso o que ocorreu porque alguma coisa está consumindo os vestígios gasosos da estrela destruída.

Nos últimos 30 anos, desde que a luz da explosão da estrela chegou à Terra, buraco negro bebê comeu o equivalente a uma massa terrestre, disse o astrofísico Avi Loeb, da Universidade Harvard. Ele é coautor do artigo publicado no periódico New Astronomy a respeito da descoberta.

Em escala cósmica, a massa da Terra não é muita coisa para comer, mas do nosso ponto de vista é algo espantoso, disse a astrofísica Kimberly Weaver, da Nasa.

Buracos negros são regiões distorcidas do espaço onde a matéria atinge um estado tão denso que nada - nem mesmo a luz - é capaz de escapar. Nesse caso, o que os cientistas observam é a energia liberada pela matéria que é acelerada ao cair na direção do abismo.

Ao continuar a seguir o "recém-nascido" - que está a 50 milhões de anos-luz - astrônomos poderão aprender mais sobre a evolução desse tipo de fenômeno. De acordo com outro autor do estudo, Dan Patnaude, também será possível determinar quanto material sobrou da explosão da estrela.

Esse buraco negro tem cerca de cinco vezes a massa do Sol, e a estrela que o originou tinha talvez 20 massas solares.

As imagens foram feitas pelo Telescópio Espacial Chandra de Raios X. Existe uma explicação alternativa para o fenômeno observado: o nascimento de uma nuvem de vento de pulsar, como a nebulosa do Caranguejo. Mas Patnaude acredita que o buraco negro é mais provável.

Fonte: www.estadao.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir