Categoria Politica  Noticia Atualizada em 14-12-2010

A vitória de Jobim
A presidenta eleita Dilma Rousseff deverá manter em seu governo os três comandantes das Forças Armadas: Enzo Peri, do Exército; Júlio Soares Neto, da Marinha, e Juniti Saito, da Aeronáutica.
A vitória de Jobim
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A informação é do ministro da Defesa, o gaúcho Nelson Jobim, que além de manter-se no cargo - contrariando a todas as expectativas - está conseguindo emplacar os chefes militares que estão sob seu comando. A decisão sobre o assunto se dará na próxima semana, quando Dilma despachará com Nelson Jobim. Esta é uma vitória importante para Jobim, considerando os diversos embates que manteve com dona Dilma, ao tempo em que a futura presidente ocupava o cargo de ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República.

Ela não gostou quando viu uma declaração do ministro, em abril deste ano, dizendo que a popularidade do presidente Lula não garantia o sucesso de Dilma na corrida eleitoral. Em outra ocasião a futura presidenta não gostou quando Jobim comunicou ao presidente Lula que não poderia apoiar e colaborar na candidatura Dilma porque era amigo íntimo do candidato tucano, José Serra, com quem tinha dividido apartamento em Brasília e de quem tinha sido afilhado de casamento.

Se Dilma não gostou das posições de Jobim, Lula as entendeu como manifestações de lealdade. Jobim não se envolveu na campanha política. Seu gesto foi batizado de "fidelidade constitucional", necessária a quem exerce uma função de Estado e não política. Foi esse comportamento de Jobim que levou Lula a praticamente "exigir" a permanência dele no ministério da Defesa. Afinal, Nelson Jobim tem poder sobre os militares e é respeitado por eles podendo, em razão disso, negociar questões delicadas como o Plano de Direitos Humanos e vencer qualquer tipo de resistência que possa existir contra a presidente, que participou da luta armada contra a ditadura.

Neste momento, dizem observadores militares, o governo precisa mais de Jobim do que Jobim do governo. Ele vem conduzindo o bilionário processo de reaparelhamento das Forças Armadas e implantando mudanças estratégicas delicadas na Defesa. Mantido no ministério com os mesmos chefes militares, Jobim terá oportunidade de criar um bom nível de relacionamento com a presidente da República.

Secretário ou ministro?

Um dos indicados da bancada do PSB nacional para assumir o Ministério da Integração Nacional é o deputado federal gaúcho Beto Albuquerque, também preferido por Tarso Genro na Secretaria de Infraestrutura e Logística. O outro é o presidente regional do PSB paulista, Márcio Fortes, que não conta com a simpatia do Planalto. Beto é mais palatável junto ao Planalto e a Dilma. Afinal, ele foi secretário de Transportes do governador Olívio Dutra, quando Dilma Rousseff ocupava a Secretaria de Minas e Energia (1999/2002). Mas Beto só terá chances se Ciro Gomes, já convidado, desistir do ministério.

Fonte: A presidenta eleita Dilma Rousseff deverá manter em seu governo os três comandantes das Forças Armadas: Enzo Peri, do Exército; Júlio Soares Neto, da Marinha, e Juniti Saito, da Aeronáutica.
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir